A Justiça baiana condenou, nesta segunda-feira (26), o
segundo acusado de matar Bruno Lino, gerente de uma pousada localizada Canavieiras,
no Extremo Sul da Bahia, a 21 anos de prisão em regime fechado. Segundo o
processo, Jailson da Cruz executou a vítima, juntamente com comparsas, no dia 5
de fevereiro de 2020.
O julgamento foi acompanhado por familiares e amigos de Bruno.
Eles colocaram faixas, com pedidos de justiça, na fachada do Fórum. De acordo
com o g1 BA, os pais da vítima ficaram abalados, após tomarem conhecimento dos
detalhes das evidências que ligavam o réu ao crime.
Jailson da Cruz estava preso, à disposição da Justiça, desde
2020. Ele foi apontado, por testemunhas, como um dos autores do homicídio. Em
agosto do ano seguinte, a polícia chegou a outro suspeito. Társio Costa de
Jesus também foi preso em Canavieiras, mas não há detalhes se o inquérito
policial o indiciou pela morte de Bruno Lino.
A Justiça também condenou, em agosto de 2022, Erionaldo da
Cruz dos Santos a 21 anos de prisão em regime fechado, por homicídio
triplamente qualificado. Ele foi o primeiro envolvido no assassinato do gerente
a ser preso, logo após o corpo da vítima ser encontrado.
De acordo com as investigações, Erionaldo se relacionava
com a proprietária da pousada, quando Bruno Lino foi morto. A acusação apontou
que o réu teria ficado com ciúmes da participação de Bruno Lino nas decisões
administrativas do estabelecimento.
Após o homicídio, a dona da pousada chegou a ser ouvida pela
Polícia Civil da Bahia (PCBA), mas foi liberada, em seguida. A mulher, de
nacionalidade alemã, não teve a identidade revelada. Naquele momento, ela não
foi indiciada como suspeita de participação no crime.
No entanto, pouco tempo depois, a polícia encontrou indícios
de que a empresária poderia ser a mandante do assassinato. Não há detalhes
acerca das evidências. Segundo o inquérito, ela fugiu do país e está sendo procurada.
o crime – No dia 5 de fevereiro de 2020, o
gerente da pousada foi visto saindo, normalmente, do trabalho, no carro dele. A
vítima fez o último contato com conhecidos por volta das 18 horas. Entretanto,
ele não chegou à residência onde morava.
O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte, com marcas
de violência. Bruno Lino foi achado amarrado, em uma praia de Canavieiras. Ele
apresentava lesões na cabeça, mais especificamente na testa, e sinais de sangramento.
À época, a Polícia Civil revelou que a vítima administrava
uma pousada pertencente a um casal alemão, que havia se separado. O homem
voltou ao país de origem, deixando a mulher em posse do estabelecimento. Mas o
empresário também assinou uma procuração dando plenos poderes administrativos à
vítima. Isto, conforme o inquérito, teria gerado insatisfação nos acusados, que
fazendo com que os mesmos planejassem o crime.