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São Paulo registra cinco casos de bactéria que causou surto de pneumonia na China

31 de Dezembro de 2023 | 19h 58
São Paulo registra cinco casos de bactéria que causou surto de pneumonia na China
(Foto: Google Imagens)

Cinco ocorrências de infecção por uma bactéria associada a um surto de pneumonia na China foram identificadas no estado de São Paulo. Os diagnósticos foram comunicados através de um boletim emitido pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde) na última semana.


Conforme relatado, cinco crianças que frequentam a mesma escola em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, apresentaram resultados positivos para a infecção pela bactéria Mycoplasma pneumoniae, sendo o surto notificado pelo pai de uma delas. Estas crianças, com idades entre 3 e 4 anos, foram hospitalizadas e, felizmente, se recuperaram. Adicionalmente, quatro outros alunos da mesma escola manifestaram sintomas gripais, mas os exames não confirmaram a presença da doença.


O primeiro caso foi registrado em 18 de novembro em um hospital na capital paulista, enquanto o mais recente ocorreu em 15 de dezembro. O período de internação variou de quatro a 20 dias, sendo que em pelo menos dois casos foi identificada também a presença do rinovírus, responsável pelo resfriado comum.


Embora a circulação da bactéria Mycoplasma pneumoniae não seja algo recente, o aumento de casos levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a emitir um alerta em 22 de novembro sobre a disseminação da bactéria entre crianças no norte da China. A OMS destacou que esse patógeno é conhecido por desencadear surtos, especialmente em ambientes escolares, com maior incidência no final do verão e outono, apesar de não seguir um padrão sazonal. Casos também foram registrados em países como Estados Unidos, Coreia do Sul, Holanda, Dinamarca e Irlanda.


As crianças que apresentam sintomas são submetidas a exames de raio-x, embora testes sorológicos específicos para detectar a Mycoplasma pneumoniae não tenham sido realizados. Dado que a infecção é tratável com antibióticos, os especialistas não consideram necessário alarme no momento.


O aumento de casos de pneumonia pediátrica é atribuído a dois fatores: o inverno no Hemisfério Norte, que favorece as infecções respiratórias, e o isolamento decorrente da pandemia de Covid-19. A falta de exposição a vírus e bactérias resultou na ausência de imunidade nas crianças.


Os sintomas provocados pela Mycoplasma pneumoniae assemelham-se aos da gripe, incluindo coriza, febre, dor de garganta e tosse seca. A transmissão ocorre pelas vias aéreas, através de gotículas no ar ao falar, espirrar ou tossir, requerendo um contato próximo e prolongado em ambientes fechados. Casos graves são considerados raros, e o período de incubação é de uma a três semanas, com início gradual de sintomas como mal-estar, dor de garganta e cefaleia, seguido por tosse seca que pode evoluir para a formação de catarro após três a quatro dias.

 

 

 

 



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