A 16ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de
Santana (Flifs), será lançada oficialmente nesta sexta-feira (25), a partir das
18h, no Centro Cultural Sesc. A abertura do evento, que é promovido pela
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e pelo Serviço Social do
Comércio, contará com o vernissage da exposição Projeto Terra e Outras Viagens, do artista plástico feirense Juraci
Dórea. A curadoria da mostra é assinada pela museóloga Selma Soares de
Oliveira.
Este ano, além de Juraci, que também conversará com o público
acerca de sua produção artística, a Flifs homenageia o cordelista Chico Pedrosa,
um dos maiores nome da Literatura de Cordel do país. A programação desta noite inclui, ainda, uma
interação com a instalação “Água seca”, da artista visual Simone Rasslan, e um concerto
da Orquestra Juvenil de Feira de Santana – Núcleo Territorial Neojibá. A
entrada é gratuita.
TEMÁTICA – A Flifs 2023 abordará o tema “Literatura
e sertão: o bicentenário da independência da Bahia no Brasil”. De acordo com a
pró-reitora de Extensão da Uefs e coordenadora da Feira, Rita Brêda, além de
dialogar com a nossa regionalidade, o evento abordará questões relacionadas à
independência do Brasil na Bahia. “Este ano, a gente foca nas mesas e nas
conversas com escritores e artistas que dão conta de dialogar com o tema
literatura e sertão. Nós teremos a presença de escritores que têm o sertão como
temática de produção”, informou.
Segundo a gestora, na noite de hoje, serão anunciadas as
principais atrações do evento, como é o caso da escritora Aline Bei, vencedora
do Prêmio São Paulo de Literatura, com o livro “O peso do pássaro morto”.
A tradicional Feira do Livro de Feira de Santana acontece entre
os dias 26 de setembro e 1º de outubro, na Praça Padre Ovídio, próximo à
Catedral Metropolitana de Sant’Ana . ''A população vai encontrar na Flifs mais
um ano de programação intensa. Estamos investindo nos encontros com escritores,
com os contadores de histórias e com os mestres populares. Teremos, também,
teatro, shows e muitos lançamentos de livros'', disse Brêda.
A coordenadora ressaltou, ainda, a participação dos homenageados.
“Chico foi um pedido dos cordelistas e mestres populares. Ele é considerado um
dos cinco maiores nomes vivos da poesia popular. Um poeta que tematiza
fortemente o sertão, através de seus personagens, causos e memórias, e que
dialoga com outros mestres, além de ser um nome de referência nacional”,
destacou.
Segundo ela, a escolha de Juraci Dórea se deu em função da
grandiosidade de sua obra e de sua trajetória. “O nome do artista plástico,
poeta, fotógrafo e documentarista Juraci Dórea se dá pelo extenso legado da sua
obra, que traz um patrimônio iconográfico sobre narrativa de imagética
sertaneja. É um nome que expressa o sertão nordestino, o sertão da Bahia e de
Feira de Santana no mundo. Era uma homenagem que a gente já idealizava há algum
tempo'', afirmou Rita Brêda.
A comissão organizadora da Flifs é composta por
representantes da Arquidiocese de Feira de Santana; Secretaria da Educação do
Estado da Bahia (SEC), através do Núcleo Regional de Educação (NTE 19);
Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana (Seduc) e Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) – Campus Feira de
Santana.
O evento também tem o apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), através da Fundação Pedro Calmon; da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia (SJDH); e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).