A opção política do cantor Gustavo Lima em apoiar Bolsonaro
é insignificante, afinal, é um direito democrático. Os valores que cobra por
suas apresentações não é relevante, pois é um direito dele pedir o valor que
desejar, seja R$ 800 mil ou R$1,2 milhão, como cobrou em Minas Gerais. Aliás,
os shows de Gustavo Lima pertencem, atualmente, a um fundo de investimento. O
que está em discussão é a validade de cidades miseráveis em Roraima, ou Minas,
utilizarem dinheiro que seria da educação e saúde para pagamento de cachês
milionários, especialmente em um país de saúde claudicante e educação catastrófica.
Isso é ilegal, criminoso, e precisa ser
investigado e coibido. Além do aspecto legal há, ainda, que ser cobrado dos
prefeitos o aspecto imoral de investir esse valor em um show em detrimento de
investimentos estruturais em cidades, por vezes, com 17 mil habitantes. Essas opções,
no entanto, não dizem respeito ao cantor e sim às autoridades que ocupam os
cargos. O outro aspecto a ser investigado é se não há um esquema de lavagem e
desvio de dinheiro na contratação desses shows- e não é apenas a partir de
agora, do tororó tatuado de Anita- que se comenta sobre essa relação entre
prefeituras e empresas de artistas. O setorhá ser passado a limpo, regras precisam ser estabelecidas e contratos
vigiados pelo MP e auditores. Tudo mais em relação ao Gustavo Lima é tchê
tcherere tchê tchê , seja lá o que isso quiser dizer.