De acordo com o portal de notÃcias G1, os agentes fiscais inspecionaram
o local no inÃcio da semana, a pedido do MPT-BA. O órgão abriu um inquérito para
investigar o caso, que apura três possibilidades para as mortes das crianças.
Pertencente ao grupo Doalnara, especializado na produção de
alimentos orgânicos, o empreendimento está localizado na fazenda Oásis, mais conhecida
como Vila dos Coreanos. A obra onde o acidente ocorreu é, conforme o G1, de
responsabilidade da Cooperativa AgrÃcola de Formosa do Rio Preto, que presta
serviços no local.
Interdição – Na última
sexta-feira (6), o Ministério Público do Trabalho havia recomendado o
isolamento da área e a suspensão das atividades na Vila dos Coreanos, em uma
audiência realizada com os advogados da cooperativa.
O órgão enfatizou que, segundo o relatório apresentado pelos
auditores fiscais do MTPS, o local do acidente, situado nas imediações da vila,
funcionava como obra para implantação de fossa séptica. O G1 reportou que a auditoria
fiscal do trabalho aguarda documentos solicitados, para concluir o documento,
que deverá servir como peça-chave para a investigação.
Com a interdição, os responsáveis pelo serviço estão
proibidos de dar seguimento aos trabalhos. Eles também estão obrigados a providenciar
o isolamento completo da área, a fim de impedir que trabalhadores ou pessoas de
fora tenham acesso ao local. Para retomar as obras ou desistir do serviço, é preciso
que comprovem a contratação de técnico especializado, que se responsabilize pelas
medidas de segurança na operação da vala.
Embaixada
da Coreia – Ainda de
acordo com o G1, após a morte das crianças, a Embaixada da República da Coreia
enviou, no dia 30 de abril, um ofÃcio para as prefeituras de duas cidades
baianas. A instituição busca informações sobre o caso. Segundo a TV Oeste, que teve
acesso exclusivo ao documento, o ofÃcio foi direcionado à s prefeituras de Formosa
do Rio Preto e Barreiras e pede o apoio das autoridades locais nas
investigações. No texto, é citada a Convenção de Viena, que estabelece tratado
entre paÃses para ações de mútua colaboração.
A embaixada coreana também informa que dois diplomatas,
identificados como Gun Hwa Kim (ministro e encarregado de negócios) e Kyung Mi
Nam (cônsul), foram enviados ao local, para averiguação dos fatos. Segundo o
G1, não há informações se ele estiveram no local.
O
caso – As crianças foram encontradas sem vida no dia 29 de abril. Elas
haviam saÃdo para brincar e acabaram no fundo de uma vala, situada na Vila dos
Coreanos. No local, vivem cerca de 2 mil asiáticos e descendentes.
Na ocasião, conforme o G1, a PolÃcia Civil (PC) disse que o
caso aconteceu por volta das 12h. Os pais, no entanto, relataram que sentiram
falta dos filhos por volta das 15h. Após buscas, eles encontraram as crianças e
acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas todas já
haviam morrido. Os sepultamentos foram realizados no dia 1º de maio, em um
cemitério particular situado no local. O acesso à comunidade é restrito às 160
famÃlias residentes.