O presidente da República, Jair Bolsonaro, está próximo de completar dois anos sem partido. Ele foi eleito pelo PSL, mas após a eleição entrou em atrito com os integrantes da sigla, incluindo o presidente Luciano Bivar, com quem chegou a romper relações.
Sem sucesso ao tentar criar do zero uma nova sigla, Bolsonaro e seus aliados fracassaram e não conseguiram emplacar a legenda Aliança pelo Brasil. O que foi o estopim de rachas internos em partidos com os quais negociaram ingresso.
Depois de ser cortejado por algumas legendas, ele tenta acertar sua volta ao PP, que lidera o centrão e é presidido por Ciro Nogueira. Segundo dirigentes do PP, basta Bolsonaro bater o martelo para se filiar.
Confira abaixo a linha temporal da vida partidária de Bolsonaro, montada pela Folha de S.Paulo:
1988
É eleito vereador, aos 33 anos
PDC (Partido Democrata Cristão) - sigla acabaria se fundindo em 1993 com o PDS de Paulo Maluf
1993
Em seu primeiro mandato como deputado federal
PPR (Partido Progressista Reformador) - sigla
surge da fusão do partido de Bolsonaro, o PDC, com o PDS, comandado por
Maluf e principal herdeiro da Arena, o partido de sustentação do regime
militar (1964-1985)
1995
Em seu segundo mandato como deputado federal
PPB (Partido Progressista Brasileiro) - sigla
nasce da fusão do partido de Bolsonaro, o PPR, com o PP (Partido
Progressista), de breve existência -havia sido criado dois anos antes a
partir da fusão de PTR (Partido Trabalhista Renovador) e PST (Partido
Social Trabalhista)
2003
Em seu quarto mandato como deputado federal
PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) - Deixa o PPB para se filiar ao PTB de Roberto Jefferson. Ficaria na sigla por cerca de dois anos
2005
Em seu quarto mandato como deputado federal
PFL (Partido da Frente Liberal) - tem breve
passagem pelo partido presidido à época por Jorge Bornhausen. A sigla
depois virou DEM e, agora, aprovou sua fusão ao PSL para virar União
Brasil
PP (Partido Progressista) - volta à sigla (que em 2003 mudou o nome de PPB para PP) pela qual, com outro nome, iniciou sua carreira polÃtica.
2016
Em seu sétimo mandato consecutivo como deputado federal
PSC (Partido Social Cristão) - filia-se à sigla nanica já com o objetivo de disputar a Presidência da República
2018
Candidato à Presidência da República
PSL (Partido Social Liberal) - depois de romper
com o PSC e fracassar entendimentos para ingresso em siglas como o
Patriota, se filia ao partido de Luciano Bivar, com quem também rompeu
após a eleição
2019
Presidente da República
Aliança pelo Brasil (em montagem) - após romper com o PSL,
anuncia a criação do Aliança pelo Brasil. O projeto, porém, até hoje não
obteve apoio popular suficiente para sair do papel
2021
Pré-candidato à reeleição à Presidência da República
PP (Partido Progressista) - depois de deixar
viúvas pelo caminho, entre elas o Patriota, tenta fechar acordo para
voltar à sigla pela qual, com outro nome, iniciou a carreira polÃtica.
FONTE: Bahia.ba