O senador Otto Alencar, o vice-governador João Leão ou
qualquer outro polÃtico interessado em obter o apoio do PT para disputar a
sucessão de Rui Costa no Palácio de Ondina, em 2022, deve "tirar o cavalo
da chuva". A preferência dos petistas é um velho conhecido do partido e
ex-governador por dois mandatos: o atual senador Jaques Wagner.
A pista foi dada, recentemente, por ninguém menos que o deputado federal Zé Neto, em entrevista ao Acorda Cidade. Era para falar sobre a candidatura dele próprio à reeleição, mas, no meio da conversa, deixou escapar a seguinte frase: "espero que possamos, com Wagner e Lula, fazer aquele trio que sempre ajudou muito a nossa cidade e que quer continuar ajudando".
Com o governo do estado na mão e o forte nome de Wagner - que tem um bom "recall" -, seria difÃcil o partido abrir mão de tentar manter sua hegemonia. Como diz antigo e verdadeiro ditado popular, para bom entender, meia palavra basta. O "trio" dos seus sonhos, ao qual se refere, é formado por ele próprio em BrasÃlia, Wagner governador e Lula presidente.
Apenas para lembrar, há poucos polÃticos, na Bahia, mais
próximos de Rui e Wagner do que o deputado feirense. Ele foi nada menos que
lÃder do Governo de ambos, na Assembleia Legislativa. Como se diz no jargão da
polÃtica, é da "cozinha" dos dois ex-governadores.
Muito provavelmente, nessa altura do campeonato, está tudo
muito bem combinado, restando apenas um anúncio oficial mais adiante e, mais
difÃcil, o jogo de acomodação de cometas que arrodeiam a constelação.