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Saúde

Fiocruz alerta que incidência de Covid-19 segue em patamar elevado; momento exige cuidados

13 de Maio de 2021 | 15h 47
Fiocruz alerta que incidência de Covid-19 segue em patamar elevado; momento exige cuidados
Foto: Leonardo Oliveira/Fiocruz

Em boletim divulgado, nesta quarta-feira (12), pelo Observatório Covid-19, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que, no Brasil, a incidência do contágio pelo novo coronavírus se mantém em um patamar elevado, dando oportunidade para que novas cepas do SARS-CoV-2 surjam ainda mais agressivas e letais. O momento, segundo os cientistas, inspira cautela, pois o risco de uma terceira onda "ainda mais grave" é alto.

 A análise também aponta uma ligeira redução nas taxas de mortalidade e na ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mas isto não significa poder abrir mão das medidas preventivas indicadas pelas autoridades sanitárias, como, por exemplo, manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar, constantemente, as mãos. "A observada manutenção de um alto patamar, apesar da ligeira redução nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave", diz o documento.

Segundo a Agência Brasil, a Fiocruz aponta que, desde o fim de abril, há uma tendência de queda de 1,7% nos óbitos por dia, enquanto os casos aumentam 0,3% por dia. O número de mortes, porém, continuava muito elevado na semana de 2 a 8 de maio, próximo das 2,1 mil vítimas por dia. 

O percentual de pessoas diagnosticadas que vão a óbito (letalidade) também caiu, de 4,5% em março para cerca de 3,5% na última semana, o que pode indicar um aumento na capacidade de diagnóstico e no tratamento de casos graves. "Neste momento da pandemia, cabe o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares", afirmam os pesquisadores. 

LEITOS - Ainda de acordo com o boletim, houve melhora significativa na ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na Região Norte, onde Roraima (37%), Acre (57%) e Amazonas (55%) estão na zona de alerta baixo. Fora esses três estados, a Paraíba é a única que apresenta ocupação na zona de alerta baixo, com 59%.

Apesar disso, sete estados de outras regiões têm, pelo menos, 90% dos leitos ocupados: Piauí (90%), Ceará (90%), Rio Grande do Norte (95%), Pernambuco (96%), Sergipe (97%), Paraná (93%) e Santa Catarina (91%). A Bahia (80%) e mais seis estados, dentre eles, Roraima (88%), Mato Grosso do Sul (85%), Distrito Federal (81%), Tocantins (81%), Rio de Janeiro (87%) e Goiás (84%), também estão na zona de alerta crítico para a ocupação de UTIs. 

A quantidade de unidades federativas na zona de alerta médio é a maior desde 22 de fevereiro. São nove os estados com as UTIs entre 60% e 80% de ocupação: Amapá (72%), Pará (69%), Maranhão (67%), Mato Grosso (79%), Alagoas (74%), Minas Gerais (79%), Espírito Santo (77%), São Paulo (79%) e Rio Grande do Sul (73%). 

O Observatório Covid-19, diz a Agência Brasil, sugere, ainda, que a nova conjuntura da pandemia "pode permitir a readequação dos serviços de saúde, com atuação mais intensa dos serviços de Atenção Primária de Saúde, bem como o esclarecimento da população, empresas e gestores locais sobre a importância de se intensificar as práticas de proteção individuais e coletivas, como o uso de máscaras, higienização pessoal e de ambientes domiciliares".

De acordo com os pesquisadores, é preciso continuar evitando locais e atividades de interação social, sobretudo em ambientes fechados e com grande número de pessoas. "Somente essas medidas, aliadas à intensificação da campanha de vacinação, podem garantir a queda sustentada da transmissão e a recuperação da capacidade do sistema de saúde", advertem.



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