O Shopping Popular de Feira de Santana, construÃdo através de Parceria Público-Privada, por iniciativa da Prefeitura Municipal, vai disponibilizar mais mil boxes para empreendedores, a partir da semana que vem.
O anúncio foi feito pelo gestor do equipamento, Elias Tergilene, que, nesta quinta-feira (6), compareceu à Câmara Municipal para discutir problemas enfrentados por vendedores ali estabelecidos.
A proposta de convidar o empresário partiu do vereador Paulão do Caldeirão (PSC) e foi acatada pelo presidente da Casa, vereador Fernando Torres (PSC). "O empreendimento já oferece 1,8 mil vagas, além de outras 300 a feirantes acolhidos. Vamos passar a contar, no total, com cerca de 3 mil pontos", disse Tergilene.
O gestor estima que, se cada ponto tiver dois trabalhadores, serão 6 mil pessoas envolvidas. Ele também informou que deverá ser aberto, em breve, um novo espaço de comercialização, denominado Feira de Sant'Anna. A área funcionará aos sábados e domingos, no estacionamento do Shopping Popular, com mil pontos para as mais diversas atividades da economia informal.
Conforme o representante da iniciativa privada no empreendimento, são nove meses de carência no aluguel, para os ex-camelôs, que pagam, em forma de condomÃnio, despesas de energia elétrica à Coelba, faxineiros, seguranças e manutenção, "devidamente estratificadas e auditadas". Ele fez questão de enfatizar que "o projeto não é de assistencialismo, mas de empreendedorismo".
Elias Tergilene assinala, ainda, que não existe, no orçamento público, verba alocada para subsidiar custos que são da responsabilidade dos que possuem boxe no local. "Se entenderem que o projeto deve se tornar assistencialista, estamos abertos, mas precisa rever o contrato", observou.
No entendimento do empresário, qualquer nova concessão não prevista contratualmente, "a quem quer que seja, precisaria de iniciativa do Executivo e autorização do Poder Legislativo". Sobre o problema da água de chuva que cai nas instalações do Shopping Popular, ele disse que o problema tem origem nos galpões de carnes e de farinha do vizinho Centro de Abastecimento, que necessitam ser reformados com urgência.
O gestor salientou que, a partir deste mês, por exigência do contrato, a gestão do Shopping Popular vai passar por uma auditoria independente, além do Ministério Público e do Tribunal de Contas do MunicÃpio, "que acompanham toda movimentação".
À Câmara, ele propôs que também fiscalize o cumprimento das cláusulas contratuais. E desmentiu especulações de que o imóvel teria sido doado, pela Prefeitura, à iniciativa privada. "Acabou a concessão, devolve-se o terreno, a construção e tudo o mais para o MunicÃpio", afirmou Tergilene.