"Hoje aquele espaço faz parte da área urbana dentro da principal avenida de Feira de Santana e a universidade tem uma área ampla. O estado tem outras áreas em posição menos privilegiada do ponto de vista urbano onde a universidade pode colocar o horto”.
O governador Rui Costa cedeu 8000 metros do horto florestal da UEFS ao Tribunal de Justiça, e disse que uma área em espaço nobre como essa não era a adequada ao horto, e que ele deveria ocupar “áreas menos privilegiadas”. O governador revela uma visão preocupante de urbanismo. A verdade é que justamente nos espaços centrais, com alta densidade populacional , é que a preservação de espaços verdes é mais fundamental, portanto, retirar área verde do centro é um imenso equívoco.
Retirar uma área de pesquisa, de uma Universidade, sem sequer preparar sua substituição é um segundo equívoco importante e péssima sinalização, até porque a recuperação do horto é um processo longo e há espécies que se perderão. Aliás, é possível imaginar que o governador não esteja muito atento a missão daquele espaço porque confundiu horto com horta.
O terceiro equivoco é que isso foi feito mesmo o estado tendo uma imensa área ao lado do Hospital Colônia, ou seja, do outro lado da rua. A necessidade do Fórum não é superior a preservação de áreas verdes “privilegiadas do ponto de vista urbano”.