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Economia

Saldo de empregos no comércio paulistano é o menor em 6 anos

05 de Fevereiro de 2015 | 10h 05
Saldo de empregos no comércio paulistano é o menor em 6 anos

O comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) encerrou 2014 com o menor saldo de contratações formais dos últimos seis anos. Foram apenas 8.470 contratações (diferença entre todas as admissões e todos os desligamentos) durante o ano todo contra 13.129 em 2013; 25.712 em 2012; 42.681 em 2011; 64.339 em 2010; 49.456 em 2009; e 58.747 em 2008.

Mesmo assim, a população ocupada cresceu 0,8% em 2014 no comparativo interanual e atingiu em dezembro a marca de 1.028.706 pessoas empregadas formalmente. Apesar disso, ao considerar apenas o saldo do mês, em dezembro de 2014 houve apenas 4.663 contratações formais.

A pesquisa é feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo a assessoria econômica da Federação, o forte arrefecimento no saldo das contratações de mão de obra formal do comércio varejista de 2008 a 2014 acompanha a conjuntura econômica do País, que tem crescido menos a cada ano.

Na análise de 2014, a população ocupada se manteve estável durante todo o ano, com crescimento médio mensal em torno de 0,9%. Essa estabilidade, de acordo com a Entidade, demonstra que os empresários preferiram manter o seu quadro de empregados com pequenos ajustes. O tímido crescimento pode ser atribuído a fatores como a perda de confiança por parte dos agentes econômicos (tanto consumidores como empresários) no cálculo dos últimos 12 meses, além da persistente pressão nos preços e da estagnação da economia.

Na análise por atividade, dos dez segmentos pesquisados, os que apresentaram maior redução no quadro de funcionários em 2014 foram lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2.901), concessionárias de veículos (-2.419), materiais de construção (-1.241), lojas de autopeças e acessórios (-958) e lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-613), acompanhando a queda geral nas vendas desses setores no ano. Por outro lado, as atividades que mais ampliaram seu quadro de funcionários foram os supermercados (incremento de10.524) e as farmácias e perfumarias (2.676), também seguindo o movimento das vendas em 2014.

Admitidos, desligados e rotatividade
Quando considerados apenas o número de funcionários admitidos no comércio varejista, foram 569.394 em 2014 ante 561.590 contratados no ano anterior. Com isso, houve incrementos de 1,4% na contratação formal anual e de 12,5% no resultado interanual (dezembro de 2014 em relação a dezembro de 2013). Já o número de funcionários desligados em 2014 foi de 560.924 ante 548.461 em 2013. No comparativo anual, o acréscimo foi de 2,3%. Com esse comportamento, a taxa de rotatividade média da mão de obra no varejo ficou em 4,6%.

Para 2015, com o novo mandato presidencial, espera-se um ajuste nas contas públicas mediante cortes de gastos, elevação de juros e aumentos de impostos. Diante desse quadro, a FecomercioSP prevê um cenário ainda mais recessivo com crescimento econômico baixo e inflação em torno de 7%, contribuindo para o arrefecimento das atividades econômicas e, consequentemente, para uma menor geração de emprego.

Nota metodológica
A pesquisa analisa o nível de emprego do comércio varejista na Região Metropolitana de São Paulo, em dez ramos de atividade, por meio de dados primários do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged). A FecomercioSP acompanha e analisa essas informações desde janeiro de 2008.



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