Enquanto o Brasil ultrapassa 173 mil mortos, várias cidades voltam a aumentar a taxa de ocupação de leitos, suspendem cirurgias eletivas, algumas ameaçam chegar ao colapso, e, em Feira, o HGCA 2 reabre e lota as UTIs destinadas à Covid-19. E o general investido do cargo de Ministro da Saúde sai a declarar asneiras.
Ele disse: “o verdadeiro diagnóstico não é o teste, é o clínico, porque o teste pode ser falho. É o médico que diagnostica, que pode se basear numa tomografia, na epidemiologia dos casos, no entorno, e que pode se basear nos sintomas que ele está vendo. Não é o teste que diagnostica, é o médico. E não era assim. Então, eu acho que a quantidade de testes é compatível, sim."
Não satisfeito, emendou o desserviço: "se todo o processo eleitoral dos municípios, com todas as campanhas, aglomerações e eventos, se isso não causa nenhum tipo de aumento de contaminação no nosso país, então não se fala mais em afastamento social”.
O Ministro deveria estar ocupado em explicar os 6,5 milhões de testes estocados em Guarulhos e prestes a perder a validade. Infelizmente, no momento em que mais era preciso ter ciência para enfrentar a pandemia, Bolsonaro optou pelo pior Ministro da Saúde que podíamos ter.
E continuaremos pagando: com vidas!