O recém nascido está em uma UTI no Hospital da Mulher
O bebê Paulo Vitor nascimento está internado na UTI neonatal do Hospital da Mulher há 42 dias. Ele nasceu com um grave problema cardíaco e precisa passar por uma cirurgia de alta complexidade para sobreviver. Como ela não é feita em Feira, o Hospital da Mulher tenta a transferência para o hospital Ana Nery em Salvador, mas a secretaria de saúde do estado informa que não há vaga na unidade. Desde que o problema foi diagnosticado, há cerca de um mês, o hospital já tentou a transferência 35 vezes.
A família e o hospital acionaram o Ministério Público que abriu uma ação civil sobre o caso e estendeu a solicitação de vaga para a lista de regulação nacional. “Estamos fazendo tudo que é possível pela vida desta criança. Ela está sendo acompanhada por um cardiologista pediátrico e estamos enviando relatórios médicos diariamente que constatam a necessidade urgente desta cirurgia”, afirma Gilberte Lucas, diretora da Fundação hospitalar.
De acordo com o médico Luciano Braz, o bebê se encontra monitorado e medicado mas precisa com urgência desta cirurgia, tanto pela gravidade do problema como pelos riscos de contrair infecções e pelo tempo de uso do medicamento que não pode ser estendido. Enquanto espera no Hospital da Mulher, ele ocupa a vaga de UTI neonatal. “O bebê aguarda em unidade de neonatologia, quando na verdade deveria esperar pela cirurgia em uma unidade de pediatria. Mas também não conseguimos vaga e estamos aguardando”, salienta o médico.
A mãe, Sandra Nascimento, só descobriu o problema quando teve o bebê no hospital. Muito abalada e preocupada, ela afirma que desde então tem tentado de tudo para salvar a vida do filho. “Descobri quando ele nasceu e desde que o hospital me falou eu procurei de tudo para tentar conseguir que ele faça a cirurgia. Já procurei o Ministério Público e espero que meu filho consiga fazer a cirurgia”, comenta.
Em nota a Sesab informou que de acordo com orientação médica, o recém nascido não tem condições de realizar procedimento cirúrgico no momento. Quando questionada por email sobre a falta de vaga e também sobre o fato da criança esperar ocupando um leito de UTI neonatal e não pediátrico, a Sesab não respondeu.