O fortalecimento do vínculo afetivo da mãe e o recém-nascido, no contato pele a pele, faz parte do processo de humanização do parto, assim como a decisão sobre a posição de parir - cócoras, em pé, entre tantas outras. O assunto está sendo discutido na I Oficina de Boas Práticas Obstétricas do Hospital Inácia Pinto dos Santos, nesta quinta-feira, 16, e sexta-feira, 17.
O encontro, cujo tema é “Parto e Nascimento à Luz das Novas Evidências Científicas e Estratégias do Ministério da Saúde”, participam enfermeiros e técnicos de enfermagem do Centro Obstétrico e do Setor de Acolhimento, além de enfermeiras e supervisoras da Secretaria Municipal de Saúde. O evento está sendo realizado no auditório do Hospital Municipal da Criança Eduacy Lins.
Segundo a coordenadora de Enfermagem do Hospital da Mulher, Alessandra de Queiroz, as boas práticas em obstetrícia visam assegurar para a gestante uma assistência qualificada e acolhedora desde o pré-natal até o momento de parir.
“No processo de humanização, o profissional deve estimular a gestante a caminhar, evitar procedimentos invasivos, como toques sucessivos, bem como a ampliação do períneo, através do corte. Ainda, oferecer alimentos”, afirma. Ela acrescenta que a participação do acompanhante torna a mulher mais confiante dentro do hospital.
O obstetra Carlos Vinícius Lima ressalta a importância da realização do pré-natal, pois assegura que é desde os primeiros contatos da mãe com o profissional de saúde que ela vai se sentir segura e amadurecer a ideia sobre a posição que deseja parir – aquela que ela vai se sentir confortável - onde deseja ter seu filho e quem vai estar ao seu lado nesse momento. “Ela precisa de orientação e de uma assistência adequada”, acentua.
COADJUVANTE
A enfermeira obstétrica Kátia Colavolpe, por sua vez, diz que por muito tempo a mulher recebeu a assistência de outra mulher. Contudo, depois da tecnologia e, consequentemente, da anestesia, ela perdeu o protagonismo. “Quem deve fazer o parto é a própria mulher. O médico deve ser o coadjuvante”, destaca.
A I Oficina de Boas Práticas Obstétricas conta, ainda, com a presença da diretora do Complexo Materno Infantil, Charline Portugal.