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André Pomponet

O aumento salarial para o prefeito e os vereadores

André Pomponet - 10 de Outubro de 2016 | 09h 22
O aumento salarial para o prefeito e os vereadores

Encerradas as eleições e definidos os nomes que conduzirão o município pelos próximos quatro anos na prefeitura e na Câmara Municipal, resta aguardar, a partir de agora, em quanto serão majorados os salários de suas excelências. A movimentação já começou em diversos municípios brasileiros mas, na Feira de Santana, ainda não se fala no tema, pelo menos publicamente. Como o prazo é curto, é muito provável que ainda nesse mês de outubro saia uma definição.

Como todo mundo sabe, o Brasil atravessa uma das piores crises econômicas de sua História. Quem trabalha, padece sem reajuste e sofre, até mesmo, com redução salarial. Há, contudo, gente em situação pior: os 12 milhões de desempregados que aguardam a tão prometida retomada, exaustivamente mencionada pela imprensa, mas por enquanto mera miragem.

Apesar disso, é improvável que não haja reajuste nos polpudos salários do prefeito e dos vereadores. Há quatro anos – provavelmente muitos feirenses já esqueceram – o generoso reajuste repercutiu na Internet, ganhando destaque na mídia nacional. As reações locais, porém, foram tímidas, quase inexistentes.

Nas últimas legislaturas o desempenho dos vereadores – excetuando-se as raras exceções de praxe – situa-se abaixo do sofrível. Descontando honrarias, comendas e títulos de utilidade pública, praticamente nada se produz. Os debates, então, são no mínimo constrangedores. Mas sempre há espaço, é claro, para vitaminar os contracheques nos estertores dos mandatos.

Ninguém deve alimentar a ilusão de que os reajustes não virão. Vivemos tempos de aguda desfaçatez e de absoluto desprezo pela opinião pública. Talvez, aqui ou ali, surja uma voz isolada reclamando, que tende a ser ignorada. Ou, o que é pior, desqualificada. Cargos, verbas e salários polpudos têm apelo demais para que as excelências percam tempo com vozes discordantes.

Feira de Santana tem desafios imensos para oferecer alguma qualidade de vida à sua população. Está aí a educação com desempenho sofrível em sucessivas avaliações nacionais; está aí o povo penando à procura de atendimento nas unidades de saúde, o que gerou intensas discussões ao longo da campanha eleitoral; está aí o fantasma do desemprego assustando os trabalhadores feirenses pouco qualificados, para ficar apenas em três temas cruciais.

A Câmara Municipal que emergiu das urnas agora em outubro estará à altura de contribuir para a superação desses imensos desafios?As impressões sinalizam que não. Quanto aos reajustes salariais para o próximo quadriênio...



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