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Por Dom Itamar Vian: Qual será meu futuro?

Dom Itamar Vian - 07 de Abril de 2015 | 11h 09
Por Dom Itamar Vian: Qual será meu futuro?
Um homem e sua esposa partiram para uma viagem. Haviam sido convidados para uma grande festa de família. A preocupação da viagem estava numa ponte muito velha e considerada insegura. A esposa, em vez da alegria da festa, cultivava o medo: como vamos atravessar a ponte? E fazia muitas interrogações sobre ela. É insegura e eu não terei coragem de passar, dizia.
 
A viagem foi marcada pelo medo. Nem as lindas paisagens, as flores, os pássaros, nem a perspectiva da festa animavam os dois. Quando chegaram ao local, descobriram que uma ponte nova acabara de ser construída e puderam cruzá-la em plena segurança.
 
A vida também é uma travessia, uma aventura na direção de uma grande festa. Esta viagem pode ser estragada por incômodos acompanhantes: o medo, o pessimismo, o desânimo, a avareza, a depressão, a insegurança... Eles fazem com que a alegria do momento seja comprometida pelas incertezas do futuro, trazendo para o presente as preocupações que podem ou não acontecer. Ou seja, nós nos preocupamos à toa.
 
A bíblia afirma: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá suas próprias dificuldades. A cada dia basta o seu peso” ( Mt 6,34). Hoje resolvemos os problemas de hoje, amanhã é outro dia. E Deus não nos dá a luz para toda a caminhada, Ele nos concede a luz suficiente para um dia. 
 
Na vida de cada pessoa as alternativas são tantas e não merecem que percamos muito tempo com elas. Sobretudo pelo fato que podem não acontecer. Não se pode estragar o presente em função do futuro. Um caso típico é o do avarento, que passa privações hoje, com medo de enfrentá-las mais tarde. Mordido pela avareza, um senhor comia sempre o pão duro que sobrara. O pão crocante do dia ficava para o dia seguinte. Outro pessimista, não usufruía o dinheiro, mas o guardava “para quando ficar doente”.
 
Bem diferente é a atitude daquele que namora a vida e suas possibilidades. Não ignora as dificuldades, mas confia em sua inteligência e vontade. “Sempre haverá um jeito”, pensa. E tem a certeza de que vai dar certo, porque tem fé. Os nossos medos e preocupações podem revelar falta de confiança na providência de Deus.
 
Preocupar-se é ocupar-se antes do tempo. O cristão sabe que possui um Pai previdente. Nem sempre Ele nos livra da cruz, mas sempre nos dá a força para superá-la. Por isso, não podemos perder tempo pensando no amanhã. “Não sei qual será meu futuro, mas sei que Deus sempre me conduz”, dizia um sábio.


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