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Educação

Arte terá papel central em escola de “novo padrão”

JULIANA VITAL - 24 de Março de 2015 | 09h 54

O colégio tem capacidade para mil alunos e conta com quadra e auditório

Arte terá papel central em escola de “novo padrão”
A escola tem mobiliário novo e um acabamento de boa qualidade nas salas de aula e demais dependências (foto Washington Nery)

A escola municipal professora Eli Queiroz de Oliveira inaugurada no dia 10 de fevereiro deste ano no bairro da Gabriela conta com uma estrutura diferenciada em relação às que estamos acostumados a ver nas escolas públicas. Com capacidade para atender cerca de mil alunos, a escola além de ter um grande porte, chama a atenção também pela quadra de esportes e principalmente pelo auditório com capacidade para 200 pessoas com palco de madeira, camarins e iluminação adequados para apresentações artísticas. “A intenção é aproveitar todos estes espaços com a arte”, afirma a diretora da escola Vania Nery.

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E é pela arte que a escola pretende levar a educação para a comunidade que lhe cerca. O nome da professora Eli Oliveira é uma homenagem por sua atuação na cultura da cidade. Professora do ensino público, ela foi destaque como pioneira e agitadora cultural em Feira desde os anos 50, quando chegou à cidade vinda de Serrinha, sua terra natal. Professora Eli faleceu de morte natural aos 84 anos em 15 de setembro de 2014 no Hospital Emec, cercada pela família, amigos, e ex-alunos.

Semelhantes à Eli Oliveira, o município pretende inaugurar pelo menos 28 escolas (19 do ensino fundamental e 9 creches).  Ainda estará longe de levar a todos o novo padrão, pois a rede é composta de 206 escolas e 48 mil alunos, assistidos por 2.700 professores.

Somente na escola Eli Queiroz de Oliveira, inaugurada em fevereiro, cerca de 520 alunos estão matriculados do primeiro ao oitavo ano nos turnos matutino e vespertino. Ou seja, as vagas foram rapidamente preenchidas e há previsão de abrir o turno noturno no ano que vem.

Educar através da arte será o projeto da escola que de acordo com Vania, servirá de exemplo para novas escolas no município. A escola conta com biblioteca, dez salas de aula, sala multimídia, sala de informática, Sala de Recursos (para apoio didático aos alunos inclusivos), pátio coberto, quadra poliesportiva, diretoria, secretaria, sala de professores com banheiro privativo e armários individuais para os profissionais e ainda cozinha e refeitório.  

Internamente é adaptada para receber alunos cadeirantes, como os oito já matriculados. O problema foi a falta de rampa na entrada da escola, no acesso à quadra de esportes e ao auditório. Segundo a direção, tais defeitos devem ser resolvidos em breve. “Recebemos a escola com estes detalhes esquecidos pela construtora, já identificamos e notificamos a secretaria de Educação, que deverá fazer os reparos o quanto antes”, afirma Vania.

Professora do município há 24 anos, Vania Nery tem mestrado em letras pela UFBA, assumiu a direção da escola com o desafio de incluir na comunidade da Gabriela a cultura da arte e difundi-la. “Quando assumi a direção da escola e tendo a professora Eli como homenageada, recebi também o desafio de garantir o legado artístico e cultural deixado por ela”, comenta.

“Ficamos muito honrados com a homenagem prestada pelo Prefeito José Ronaldo. Faremos o que estiver ao nosso alcance para que a Escola Eli Queiroz de Oliveira tenha um desempenho à altura dos anseios que a minha mãe dedicava aos seus alunos, à educação e cultura, a quem dedicou toda a sua vida”, diz o diretor da Earte, o engenheiro e produtor cultural Luiz Augusto de Oliveira, filho da professora Eli.

Ele confirma que a intenção da Earte é abraçar o projeto com oficinas de dança, para os alunos e toda a comunidade. “Já temos as aulas de capoeira na escola, que também contam com o apoio do projeto Faz Cultura. Queremos agora implantar estas oficinas em parceria com a prefeitura municipal e até mesmo com o governo do estado, mas antes precisamos organizar e planejar o projeto para que ele possa perdurar e perpetuar o exemplo que minha mãe deixou na educação e na arte”, explica.  



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