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Saúde

Casos de dengue em Ilhéus crescem mais de 2.000% em um ano

17 de Março de 2015 | 09h 20
Casos de dengue em Ilhéus crescem mais de 2.000% em um ano
Pacientes esperam por atendimento em posto de saúde de Ilhéus
O município de Ilhéus, no sul da Bahia, registrou 1.455 casos de dengue entre os meses de janeiro e março deste ano. De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Antonio Ocké, houve um crescimento de mais de 2.000% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram contabilizados 59 casos.
"Se continuar desse jeito, poderemos ter um surto de dengue. É assombroso, nunca vi um negócio desse. Sabemos que isso é em todo Brasil, mas não podemos ficar de braços cruzados, até porque no ano passado aqui foi tranquilo", afirma o secretário.
 
Ocké afirma que em razão do número de casos, houve incremento no número de ações de combate ao mosquito aedes aegypt irealizadas na cidade e que solicitou apoio da Secretária de Saúde da Bahia (Sesab).
 
"A gente praticamente dobrou a equipe do posto de atendimento de dengue que nós abrimos no bairro da Cidade Nova. Lá, nós estamos com equipe, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Também estamos tentando colocar atendimento em todos os postos de saúde da cidade para não fazer com que o cidadão saia de um distrito ou de um bairro para vir até a sede do município. Ainda estamos pedindo a Secretaria de Saúde do Estado que nos disponibilize carro UBV [de combate ao mosquito], equipamentos, veículos, motos, não só para vistoria, mas também transporte do pessoal", relata.
 
Segundo Ocké, os bairros A Conquista, Teotônio Vilela, Malhado e Nelson Costa registraram cerca de 50% dos casos em Ilhéus. Para o secretário, além das ações da prefeitura, é necessário que os próprios moradores se conscientizem da situação.
 
"Isso também vai muito pela comunidade. Ela, às vezes, não tem o cuidado devido, largam as suas residências. Eles têm que estar atentos aos quintais, pneus próximos, tanques de água Tudo isso tem que ser observado, senão o surto de dengue vem mesmo", disse. "A preocupação nossa é muito grande, mas a comunidade tem que nos ajudar porque não é só obrigação da Secretaria. Se não houver parceria com outros órgãos, a gente não vai conseguir suportar. É preocupante", acrescenta.

FONTE: G1 BA



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