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Política

Aleluia teme confrontos entre MST e opositores de Dilma

Glauco Wanderley - 10 de Março de 2015 | 11h 46

Marcha vermelha que segue pela BR 324 chega a Salvador no dia das manifestações contra Dilma

Aleluia teme confrontos entre MST e opositores de Dilma — A marcha do MST saiu na segunda, de Feira de Santana, rumo a Salvador (foto: Luiz Tito)

O presidente estadual do Democratas, o deputado federal José Carlos Aleluia, apelou à Secretaria Estadual de Segurança Pública, Polícia Federal e Ministério da Justiça, para que tomem medidas preventivas em Salvador, a fim de evitar conflitos entre o MST e opositores da presidente Dilma Rousseff.

O Movimento dos Sem Terra, aliado histórico do PT, está em marcha pela BR 324, que chegará domingo a Salvador. Estima-se que 6 mil membros do movimento estejam no protesto, que oficialmente reivindica reforma agrária. Mas o domingo também é o dia em que estão sendo convocadas, principalmente por meio da internet, manifestações pedindo o impeachment da presidente Dilma.

“Eles já agrediram manifestantes no Rio de Janeiro. O ato é legítimo e está sendo convocado pela sociedade insatisfeita com o estelionato eleitoral da presidente Dilma, que prometeu um mar de rosas e entregou um abacaxi depois de eleita. A título de prevenção, estou encaminhando, em nome do partido, ofício a esses órgãos públicos, que, de alguma forma, são responsáveis pela ordem e a segurança dos cidadãos para tomarem medidas que evitem qualquer tipo de infortúnio”, diz Aleluia.

Outro argumento usado pelo presidente do Democratas na Bahia para justificar a preocupação com o risco de confronto foi a fala do ex-presidente Lula em evento onde petistas fizeram a manifestação denominada “Defender a Petrobras é defender o Brasil”, em 24 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Na ocasião – em que houve algumas brigas entre manifestantes pró e contra o PT – Lula discursou: “Quero paz e democracia, mas se eles não querem, nós sabemos brigar também. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas".

Aleluia rebate se proclamando defensor do Estado de Direito. “Numa democracia não pode prevalecer o pensamento único de um partido que mais parece uma organização criminosa, que, depois do mensalão, lesa o país com o petrolão”.