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27 de Janeiro de 2015 | 10h 57
Em São Paulo, tem racionamento de água, mas o PSDB chama de “restrição hídrica”
No Brasil, tem racionamento de energia, mas o PT chama de “redução de distribuição"
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27 de Janeiro de 2015 | 10h 57
Com adesão do PTN ao governo Rui, Geilson, foi colocado em uma sinuca de bico. Contumaz e duro crítico do governo Wagner reelegeu-se com este discurso. Agora, corre o risco de ver sua postura engolida pelo partido que aderiu aos belos olhos do PT depois de rejeitado por ACM Neto.
Geilson, com todo direito, deve sonhar em ser prefeito de Feira. Certamente gostaria de estar na fila em 2016, mas com Ronaldo trabalhando pela reeleição terá de adiar para 2020, só que com isso terá mais uma dura campanha de reeleição para deputado em 2018.
Estando na base do governo teria sua eleição facilitada. Mas o sonho de ser prefeito ficaria mais difícil porque o PT não costuma oferecer esta sombra toda e nem se sabe como o país vai andar.
Ficando onde está, manteria o discurso - importante em um homem como ele que além de deputado é jornalista - mas certamente precisaria contar com um apoio muito mais generoso de Ronaldo, que, por sua vez, não deve querer perder o peso de seu apoio para sua própria eleição municipal. A mudança de lado acrescentaria peso a candidatura de Zé Neto e desfalcaria o atual prefeito, motivo pelo qual o canto da sereia do governo estadual não deve ter sido pequeno.
O imponderável em ficar onde está é que não há garantias de que Ronaldo o escolheria para sucessão. Tentei um contato com o deputado, para ouvi-lo, mas não consegui. A sorte está lançada e a fila cresce...
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27 de Janeiro de 2015 | 10h 56
Os 500 mil zeros das redações do ENEM me assustam, mas me aterroriza muito mais saber que apenas 250, ou seja, 4 em cada 100 mil, tiveram nota máxima. Ou que só 500 mil (menos que 10%) chegaram a 700 pontos.
Cartesianos que somos, temos mais facilidade de lidar com referências numéricas e quanto mais ela for grandiosa melhor a chance de nos impactar. Mas precisamos olhar outro foco. Assim, o que me assusta não é a multidão que teve um resultado ruim, mas a penúria, a escassez de gente que obteve bom desempenho.
Por quê? Porque é destas pessoas que depende o futuro do país, a mudança da realidade política, econômica, cultural e científica, ou continuaremos sendo um país dependente de commodities (trocamos café e ferro por soja e aço, como na minha infância), com uma classe política medíocre e padrões comportamentais e culturais um tanto primários, para ser gentil.
É lógico que esta mão de obra com desempenho limitado se torna menos qualificada, aumenta custo de seleção e treinamento, desestimula empresas e surgimento de empregos mais diferenciados, limita o avanço da pesquisa e a mudança de perfil econômico, nos mantendo presos ao passado. E temos apenas 4 por 100 mil, nesta linha superior. É apavorantemente pouco e o futuro desta geração já está comprometido.
Precisamos acabar com este reme-reme de “formar o cidadão na escola”, deixando a cargo dos pais esta tarefa, e trabalharmos duro, muito duro, para tornar nossos alunos capacitados em português, na vital matemática e ciências. Se dermos conta deste recado teremos feito um avanço majestoso e as gerações seguintes poderão se dedicar aos demais aspectos. Precisamos ter foco e concentrar toda força nele para que nos testes futuros a equação se inverta e 500 mil sejam os que tiram nota máxima, ou próximo dela. E o futuro nos pareça uma certeza...
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27 de Janeiro de 2015 | 10h 55
“O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que ele nos pode dar é sempre menos do que nos pode tirar.”
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27 de Janeiro de 2015 | 10h 54
Federal
Incapaz de fazer o Brasil crescer para aumentar sua arrecadação, enxugar a máquina administrativa com 40 Ministérios e mais de 20 mil cargos na boquinha partidária, ou de combater a corrupção, o governo Dilma prefere optar por esfolar o lombo da classe média que já está com água no pescoço.
O Ministro da Fazenda anuncia que vai rever os impostos das PJ – pessoas jurídicas, que pagam 5% e não 27,5%. Esquece o Ministro que os prestadores de serviço desta forma não gozam dos benefícios que o estado paga nem oneram seus prestadores. Vem aí mais extorsão.
Estadual
O governo do estado da Bahia quer que todo mundo que compra R$400 reais em supermercado seja obrigado a dar o CPF. Apesar de toda conversa fiada de combate à sonegação é apenas a ampliação do Grande Irmão vigiando a todos e tornando um inferno a vida do pequeno autônomo. Afinal, não acredito que eles achem que alguém que abastece um mercadinho com compras deste valor, ou que tem uma bodega que comercializa esta quantia, merece ser vigiado pela Receita.
Municipal
O Secretário da Fazenda achando muito justo e generoso anunciou que não vai aumentar o IPTU, mas apenas repassar a inflação de 6,5%, mesmo depois do absurdo reajuste do ano passado. Enquanto isso o governo federal anuncia que não vai repassar a inflação no reajuste da tabela do Imposto de Renda. Como se vê, cada um com seu peso e sua medida.