O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) iniciou, na manhã desta segunda-feira (14), o curso de capacitação para habilitar policiais militares a atuarem em ocorrências envolvendo explosivos. Na abertura do curso, no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, o tenente coronel Décio Leão, da Polícia Militar de São Paulo (PMESP), criador da doutrina aplicada no Brasil e especialista em explosivos e com missões na Organização das Nações Unidas (ONU), falou sobre a necessidade de se ter um grupamento especializado em explosivos.
“Com a tecnologia mal utilizada, a todo tempo surgem explosivos mais sofisticados para uso no crime e nossos policiais precisam ser peritos do assunto. Neste curso, eles vão aprender detalhes de construção de bombas, processos de iniciação e desmontagem. Mostraremos também as novidades permitidas pela tecnologia, além das formas como agem ou poderão agir os criminosos que utilizam explosivos”, explicou Leão.
Inédito na Bahia, o curso vai capacitar 18 oficiais e praças e terá carga de 300 horas/aula, envolvendo aulas de agentes químicos, biológico, radiológico e nuclear, inclusive com aulas na Companhia de Defesa Químico Radiológico e Nuclear do Exército Brasileiro, em Goiânia. Além dos 13 policiais militares da PMBA, o curso tem cinco alunos dos estados de Sergipe, Alagoas, Pará, Paraíba e Rondônia.
Preparação
O comandante da PMBA, coronel Anselmo Brandão, é apoiador da iniciativa. “Louvo a preocupação dos comandantes em aperfeiçoar nossos homens. Espero que iniciativas como estas sejam seguidas de muitas outras, preparando nossos policiais para os enfrentamentos diversos”.
Após a palestra houve exposição dos equipamentos do Bope e do grupamento de antiexplosivos. As aulas vão ocorrer de segunda a sexta-feira, até o dia 6 de novembro, com práticas em alguns finais de semana no Bope e em unidades especializadas de outros estados.