Investigado na operação contra fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), o ex-jogador da seleção brasileira Edilson da Silva Ferreira, conhecido como Edilson Capetinha, foi indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta segunda-feira, 14, por crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Edilson prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Goiânia, estado de Goiás, e negou as acusações.
O depoimento durou mais de 3h. Ele esteve na PF acompanhado de dois advogados e um assessor. O ex-jogador segue em liberdade por não haver ordem judicial para prisão dele.
De acordo com a assessoria de comunicação da PF de Goiás, o ex-atleta foi ouvido pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte. Havia um mandado de condução coercitiva a ser cumprido pela PF contra o pentacampeão mundial, na Bahia, mas Edilson se colocou à disposição para prestar esclarecimentos diretamente para a polícia.
"Operação Desventura"
O ex-atleta, pentacampeão mundial pela seleção brasileira em 2002, está sendo investigado na Operação Desventura, que apura fraudes no pagamento de prêmios para falsos bilhetes da loteria. A operação foi deflagrada na manhã da quinta-feira, 10, nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. A ação de busca e apreensão aconteceu na residência do ex-atleta em Salvador.
No esquema, os criminosos mapeavam quais as premiações não foram retiradas pelos ganhadores e informavam os gerentes, que viabilizavam o pagamento dos prêmios por meio de suas senhas. Em um ano de investigação, a PF identificou prejuízo de pelo menos R$ 60 milhões.
Os valores dos prêmios não sacados são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Somente em 2014, as loterias deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania.
No estado da Bahia foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 22 conduções coercitivas e 13 mandados de prisão.
FONTE: A Tarde