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Segurança

Policiais baianos aprendem técnicas investigativas norte-americanas

02 de Setembro de 2015 | 15h 19
Policiais baianos aprendem técnicas investigativas norte-americanas
Prática do Curso de Investigação Polícial de Homicidio-Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Para elucidar um crime de forma rápida e eficiente é fundamental que a área onde o delito ocorreu seja preservada ao máximo. Esta é apenas uma das principais orientações repassadas durante o Curso de Investigação de Homicídio que está sendo realizado na sede da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, em Salvador, com a presença de agentes de investigação dos Estados Unidos. A realização do curso na capital baiana é resultado de parceria do governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com a Embaixada Norte-Americana. Ao todo, 48 policiais baianos, sendo 28 delegados ou investigadores, três peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e 17 policiais civis de outros estados brasileiros participam da ação, que começou na segunda (31) e segue até sexta-feira (4).

De acordo com o coordenador de Gestão e Integração da Ação Policial da COE, delegado Evilásio Bastos Filho, a Polícia Civil da Bahia já realiza o isolamento da área, mas frisou que, para a polícia norte-americana, este é um ponto crucial para o início das etapas investigativas. “A própria população dos Estados Unidos já tem isso internalizado. As forças policiais quando chegam já têm isso internalizado. De que o local do crime tem que ser preservado a todo custo, até que a perícia possa liberar aquele espaço para os demais trabalhos”.

Na atividade em Salvador, a polícia de cada país expõe as formas de investigação. Bastos ressaltou que a troca de experiências com outros países é salutar e possibilita o compartilhamento de métodos diferentes com um único objetivo: elucidar os crimes com a maior brevidade e exatidão possíveis. “Acredito que podemos fazer adequações, encurtar caminhos nas investigações de homicídio, pois a diminuição de CVLI [Crimes Violentos Letais Intencionais] é muito importante para o Pacto Pela Vida. Eles [os policiais norte-americanos] trabalham sob um outro sistema jurídico, mas a investigação, os corpos são os mesmos. Ou seja, marcas de crime existem lá e aqui”.

Sob a coordenação do comandante do setor de homicídios do Departamento de Polícia de Miami (Miami Department Police-MPD) Carlos Castellano, o curso inclui disciplinas como Comunicação entre os Investigadores, Documentação de Evidências (Provas), Localização de Vestígios e a conseqüente captura do autor do crime. Nesta quarta-feira (2), foi realizada uma atividade prática no COE com a simulação do assassinato de um dono de bar. Para tanto, uma área foi preparada. Parte dos alunos atuou como figurante na ação e os demais, que não tiveram contato prévio com o local, foram acionados para iniciar a investigação. Um conjunto de vestígios foi espalhado de forma oculta e aleatória pelo local e os participantes tiveram que coletar as primeiras provas. 

Na opinião de Castellano, o contato com policiais civis brasileiros também chamou a atenção em alguns aspectos, entre eles, o fato de em toda cena de crime ter a presença de um delegado, que é o responsável por elaborar o laudo cadavérico. “Viemos com a mente aberta para absorver informações que possamos usar em nossos casos. É um intercâmbio de várias formas”. 

Um dos participantes, Danúbio Dias da Silva é coordenador da Delegacia de Homicídios de Teresina (PI). Ele informou que a unidade a qual é titular foi criada em 2013, portanto, recentemente, e que os conteúdos repassados durante o curso em Salvador são importantes, já que neste momento delegados piauienses estão passando por um treinamento. “Estamos na fase de definição de um método investigativo. As técnicas apresentadas nos dão um norte mais científico”, explicou.

FONTE: SECOM-BA



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