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Política

Lula pretende parceria com a Rússia para a exploração de minerais críticos

11 de Maio de 2025 | 18h 13
Lula pretende parceria com a Rússia para a exploração de minerais críticos
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (10), que pretende ampliar a pesquisa e a exploração de minerais críticos no Brasil e que busca, na Rússia, as parcerias para esse projeto.

Lula cumpriu agenda em Moscou, na quinta (8) e sexta-feira (9), e disse, ontem (10), que o Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade para a transição energética. Minerais como lítio, cobalto, níquel, grafite e outros elementos das terras raras são essenciais para setores estratégicos, como tecnologia, defesa e transição energética.

Segundo Lula, o Ministério de Minas e Energia (MME) já atua na interlocução com empresas russas. “Nós temos a ideia de aumentar nossas pesquisas e exploração dos minerais críticos, porque só se fala nisso, agora, e nós achamos que o Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade”, explicou, durante coletiva de imprensa, antes de deixar Moscou.

O presidente brasileiro também enfatizou que “apenas 30% do nosso território já foi pesquisado e ainda falta muita coisa para pesquisar”. Ele ressaltou, ainda, que o Brasil deseja “construir parceria com todos os países do mundo que têm expertise”, a fim de tirar proveito disso, com o propósito de que “o Brasil se transforme numa grande economia”.

Lula lembrou que a Rússia é um parceiro importante na questão de óleo e gás e em pequenos reatores nucleares. “Uma novidade extraordinária, para que a gente possa ter energia garantida para todo o sempre”, destacou.

O político frisou que ter muita energia significa fazer o Brasil subir de patamar em termos de economia mundial. “Nós sabemos da volatilidade da energia nuclear e solar, nem sempre elas produzem a mesma quantidade. E nós precisamos ter, num país que quer ser a sétima, a sexta, a quinta economia do mundo, muita energia e garantia de que nunca vai faltar energia”, afirmou, lembrando que o sistema brasileiro de distribuição energética já está quase 100% integrado.

Déficit comercial – A visita de Lula ocorreu no contexto das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista, na Segunda Guerra Mundial. É o feriado mais importante do país e foi comemorado, na manhã da última sexta-feira (9), com um grande desfile cívico-militar.

O presidente brasileiro também cumpriu agenda de Estado com o presidente russo, Vladimir Putin, com quem quer trabalhar para equilibrar a balança comercial entre as duas nações. “Nós temos um déficit comercial. Nesse fluxo de, praticamente, US$ 12 bilhões, nós temos quase US$ 11 bilhões de déficit comercial”, destacou.

O Brasil tem uma relação comercial importante com a Rússia, sendo importador de dois produtos fundamentais: fertilizantes e óleo diesel. Também exportando, principalmente, produtos do agronegócio, como soja, carne bovina, café não torrado, carne de aves e suas miudezas, e tabaco.

Durante a visita, foram assinados dois atos: o primeiro sobre cooperação em ciência, tecnologia e inovação; e outro sobre fortalecimento da cooperação no campo da pesquisa científica básica e aplicada.

Antes da chegada de Lula à Rússia, uma comitiva brasileira, integrada pela primeira-dama Janja Lula da Silva, foi ao país, a fim de promover a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e tratar da cooperação na área de educação e cultura. A convite do governo russo, Janja visitou a Universidade Estatal de São Petersburgo.

Ontem, Lula contou que será agraciado com o título de doutor honoris causa da instituição. “Uma universidade em que estudou Lenin [importante nome do socialismo russo] e uma universidade em que estudou Putin. E eu vou ser doutor honoris causa”, comemorou.

Agenda internacional – Após a entrevista, Lula embarcou em direção a Pequim, na China, onde participa da cúpula entre o gigante asiático e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de realizar visita de Estado. Cerca de 16 acordos bilaterais devem ser assinados.

Questionado sobre sua participação na missa de posse do papa Leão XIV , que ocorrerá no próximo dia 18 de maio, o governante disse que deve ser representado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSDB).

O motivo é a preparação para a visita de Estado que o presidente fará à França, no início de junho. No país europeu, o mandatário brasileiro também participará da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, nos dias 8 e 9 de junho, na cidade de Nice.



 

*Com informações da Agência Brasil.



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