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Economia

Fraudes no Pix causam prejuízo de R$ 4,9 bilhões em 2024, aponta Banco Central

21 de Abril de 2025 | 15h 25
Fraudes no Pix causam prejuízo de R$ 4,9 bilhões em 2024, aponta Banco Central
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

As fraudes envolvendo transações via Pix resultaram em perdas de R$ 4,941 bilhões no acumulado de 2024, segundo dados do Banco Central obtidos pelo jornal Broadcast via Lei de Acesso à Informação (LAI). O valor representa um aumento de 70% em relação a 2023, quando o prejuízo foi de R$ 2,911 bilhões.

De acordo com o InfoMoney, os números se referem às solicitações de devolução de valores feitas por usuários e instituições com contas ativas no sistema, após a constatação de fraude, mas que não puderam ser concretizadas. Entre os principais motivos para a não devolução estão o encerramento da conta do destinatário ou a ausência de saldo suficiente. Ao todo, 3,452 milhões de pedidos de estorno foram rejeitados em 2024.

As notificações de fraudes também cresceram de forma expressiva. Segundo o Broadcast, em 2024 foram registradas, em média, mais de 390 mil comunicações de fraude por mês, frente a 216 mil mensais no ano anterior. Apenas em janeiro, último mês com dados disponíveis, 324.752 notificações foram analisadas e consideradas procedentes pelas instituições financeiras.

Conforme o manual do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), fraudes no Pix incluem transações realizadas por meio de golpes, sem autorização do pagador, com identidade falsa, ou sob coerção ou extorsão. Quando uma notificação é aceita, é aberta uma solicitação de devolução do valor transferido.

Apesar do crescimento no volume de fraudes, o impacto em relação ao total movimentado pelo Pix ainda é considerado pequeno. Em 2024, o sistema processou R$ 26,403 trilhões, sendo as perdas decorrentes de fraudes equivalentes a apenas 0,019% desse montante.

O Banco Central informou que a maioria das tentativas de devolução fracassadas ocorre devido à falta de saldo nas contas dos beneficiários das transferências fraudulentas. Casos de encerramento de contas ou outros motivos não especificados representam participação residual, inferior a R$ 1 bilhão no ano.

A recorrência desse cenário pode indicar o uso de contas-laranja — perfis bancários emprestados para o escoamento de recursos ilícitos —, prática que dificulta a identificação dos verdadeiros destinatários dos valores obtidos por meio de golpes.



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