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Nova espécie de réptil conhecido como cobra-de-duas-cabeças é descoberta na Bahia

21 de Abril de 2025 | 13h 49
Nova espécie de réptil conhecido como cobra-de-duas-cabeças é descoberta na Bahia
Foto: Divulgação/BAMIN

Uma nova espécie de anfisbenídeo, réptil rastejante e com extremidades similares, foi descoberta na Bahia. O exemplar pode ser visitado na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, no Sul do estado.

Popularmente conhecido como cobra-de-duas-cabeças, o anfisbenídeo tem mais de 100 espécies espalhadas pelo mundo. Eles são escamados, vivem na terra e têm hábitos carnívoros.

Apesar de sua aparência, esse animal não é uma serpente. Ele não é venenoso e não oferece riscos aos seres humanos. "O corpo parece de uma cobra e a cauda é muito parecida com a cabeça, porque é um animal que vive debaixo da terra, precisa ter uma cauda muito forte para abrir galerias. Para complicar, ela anda para frente e para trás", explica Antônio Argôlo, professor da Uesc e curador do acervo herpetológico do Museu de Zoologia da instituição.

Segundo o estudioso, a nova espécie foi localizada na região Norte da Serra do Espinhaço, na cidade de Caetité, durante serviços realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibran), no âmbito do Programa de Monitoramento e Resgate de Fauna. O espécime foi, então, coletado e encaminhado ao estado do Pará, para ser estudado por pesquisadores.

O réptil recebeu o nome de anfisbena ametista. O formato da cabeça, o número de anéis ao redor do corpo e as características genéticas mostraram que não se tratava de uma espécie já conhecida, mas sim de um novo anfisbenídeo. "Essas características deram robustez e firmeza aos pesquisadores, que concluíram que, de fato, nenhuma outra espécie se assemelhava a ela", explicou Antônio Argôlo.

Para o docente, a chegada do exemplar da nova espécie ao acervo público baiano é uma conquista para os estudantes e pesquisadores. Segundo ele, a anfisbena ametista vai se juntar a outros 500 exemplares disponíveis no local. "Temos uma coleção pública para ser visitada, pesquisada e estudada", informou.

O resultado da descoberta foi publicado em setembro de 2024. Trata-se de um animal fossorial, isto é, que vive debaixo da terra; tem cauda robusta, que se parece com a cabeça; consegue andar para frente e para trás; e se alimenta de cupins, formigas e gafanhotos.

A anfisbena ametista foi assim batizada em homenagem ao distrito de Brejinho das Ametistas, localizado ao Sul do município de Caetité. O local é um antigo centro minerador da referida pedra preciosa.

 

 

*Com informações do g1 BA.



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