O inquérito que investiga o escândalo do DNOCS foi enviado pela
Polícia Federal, nesta semana, ao Supremo Tribunal Federal. Ou seja: tem gente
suspeita que exerce mandato no Congresso
Nacional, na investigação que envolve contratos de R$ 1,4 bilhão.
Como não podia deixar de ser – a Bahia tem sido protagonista
nos grandes escândalos de corrupção, indo das empreiteiras da Lava-Jato à Operação
Faroeste, que devastou a Justiça Baiana- o Dnocs da Bahia é o novo Posto de Lavagem
dessa operação.
Ao que parece tem gente com mandato federal que deixou sua
digital nesse desvio milionário de verbas.
Apesar de todo noticiário, o coordenador do órgão na Bahia, Rafael
Guimarães de Carvalho, permanece no
cargo. Lula não determinou sua exoneração,
apesar de ele ter sido gravado pela PF
num diálogo cabuloso dentro de um carro com um dos empreiteiros suspeito de
desvios.
Flavio Dino- justiça seja feita- está tentando botar um
pouco de ordem no cabaré do Congresso Nacional e buscando transparência no uso
das emendas Pix, cobrando o óbvio- que mandou, quem recebeu e o que foi feito.
O básico que o dinheiro público merece.
Ele disse que não pode continuar “"malas de dinheiro sendo
apreendidas em aviões, cofres, armários ou jogadas pela janela" durante as
batidas da PF. Só esqueceu de falar dos dólares
na cueca e de Senadores com pacotes de dinheiro entre as nádegas.
A investigação tem tirado o sono de muita gente- alguns
suspeitos de sempre- e balançado o universo político do Congresso, apesar de sua natureza de covil.
O que será preciso é que a imprensa livre- que ainda resta-
, as entidades de fiscalização, o cidadão pagador de imposto, não deixe tudo
cair na leniência habitual com que o STF trata esses casos.