O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou a movimentação, no último dia de pregão do ano, com 120.283 pontos, registrado às 18h11 desta segunda-feira (30), o que representa ligeira alta de 0,01% em relação à sexta-feira (27).
O patamar está apenas 2% acima do registrado em 29 de
dezembro de 2019, há cinco anos, quando o mercado fechou em 117.706 pontos, um
mês e meio antes de começar a queda vertiginosa puxada pela resposta global à
pandemia de covid 19.
Em 2024 o Ibovespa recuou 12.413 pontos, ou 9,35%, cerca de
75% disso apenas nos últimos 20 dias. A estabilidade, nas últimas 24 horas, está
relacionada à queda acentuada de ações da Aeris, de materiais elétricos, da
Brasken, de insumos químicos, e da Azevedo & Travassos, de engenharia.
As empresas acumularam o ano com perda em valor de ações
superior a 50%, tornando-se destaque negativo no mercado, hoje, com quedas
respectivas de 31,29%, 19,20% e 10,48%, respectivamente.
As altas foram distribuídas, com destaque para os papéis da
Americanas, com aumento de 20,39%, hoje, compensando parte da queda no ano, quando
suas ações despencaram 93,19%.
A B3 retomará as negociações na próxima quinta-feira (2).
Costumeiramente, mas diferente de 2020, o recesso nos Três Poderes e o ritmo
calmo nos mercados externos costuma evitar grandes quedas e, ao contrário, apontar
tendência de alta nos fechamentos do mês, nos últimos anos.
Dólar – Nesta segunda-feira, a negociação da moeda
norte-americana apresentou leve baixa em relação ao real. O dólar à vista
fechou em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179.
Durante o ano, a moeda norte-americana acumulou alta de
27,36%, maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real. O
dólar abriu o ano cotado a R$ 4,891.
A queda foi puxada pela atuação direta do Banco Central (BC) nos
mercados em dezembro, com venda de US$
15 bilhões somente em dezembro, para segurar o avanço das cotações, que
ultrapassaram o valor nominal de R$ 6 pela primeira vez na história, em
novembro, atingindo a cotação máxima histórica de R$ 6,2679, neste mês.
Somente hoje, foram US$ 1,815 bilhão leiloados no mercado. Incertezas
em relação aos cortes de gastos das contas públicas e a oscilação em mercados
internacionais foram apontados como fatores decisivos na disparada durante em
2024.
Parte da base governista atrelou a subida à pura especulação
financeira de investidores, com saída de capital relacionada à mudança nas
políticas de juros nos Estados Unidos.
Pela nona vez consecutiva, o Boletim Focus elevou a previsão do preço do dólar para 2025.
De acordo com o relatório, a previsão é que a moeda custe, em média, R$
5,96 no próximo ano.
Há uma semana, o Boletim Focus estimava um dólar a R$
5,90. Por sua vez, a LDO aprovada no Parlamento prevê uma taxa de câmbio média
de R$ 4,98 para 2025.
*Com informações da Agência
Brasil.