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Ex-ator mirim João Rebello foi morto por engano, na Bahia

29 de Outubro de 2024 | 10h 32
Ex-ator mirim João Rebello foi morto por engano, na Bahia
Fotos: TV Globo e Reprodução/Instagram

A Polícia Civil da Bahia (PCBA) concluiu que o ex-ator mirim João Rebello foi assassinado por engano, na última quinta-feira (24), na Praça da Independência, situada no centro de Trancoso, distrito turístico de Porto Seguro, no Extremo Sul do estado.

O inquérito aponta que homens armados se aproximaram do carro onde a vítima se encontrava e efetuaram diversos disparos de arma de fogo. Não houve chance de socorro. João morreu no local, no interior do veículo.

Dois suspeitos de envolvimento no crime foram identificados, de acordo com a corporação. No entanto, até noite desta segunda-feira (28), ninguém havia sido preso.

O corpo de João Rebello foi sepultado no domingo (27), no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. O corpo do ex-ator mirim da Rede Globo de Televisão foi sepultado no domingo (27), no cemitério São João Batista, na capital carioca.

A mãe da vítima, Maria Rebello, lembrou uma triste coincidência: o dia do sepultamento do filho coincidiu com os cinco anos de morte do irmão da também atriz. Na postagem feita nas redes sociais, ela se refere ao ator e diretor global Jorge Fernando, falecido em 2019.

Maria Rebello disse escreveu que a alegria da família se transformou em dor. "Hoje, se instalou a tristeza eterna no meu coração. Hoje, faz 5 anos que meu irmão morreu e, hoje, vou sepultar meu filho! O que aconteceu? O sorriso da família de repente virou pranto! A vida está me destruindo, de quando em quando… Meu filho foi ao mercado e foi confundido por dois bandidos", desabafou.

Ela também postou a nota divulgada pela Polícia Civil, no sábado (26). No texto, a instituição descartou a possibilidade de envolvimento da vítima em atividade criminosa.

O CRIME – De acordo com Maria Rebello, o filho havia saído para ir ao mercado quando sofreu a emboscada. A Polícia Civil acrescentou que o Disc Jockey (DJ), que se apresentava na noite com o codinome Vunje, estava sozinho dentro do veículo onde foi executado.

Testemunhas relataram que a vítima foi morta por dois homens, que chegaram ao local a bordo de uma motocicleta. Eles teriam disparados diversos tiros à queima-roupa e fugido, em seguida.

O delegado Wendel Ferreira, que apura as circunstâncias do homicídio, confirmou que a linha de investigação indica que a vítima foi morta por engano.

O inquérito, que é conduzido pela 3ª Delegacia Territorial (DT/Trancoso), também descartou a possibilidade de que o artista tivesse envolvido em atos ilícitos. "A linha de investigação tem levado à impossibilidade de qualquer envolvimento da vítima em atividade criminosa", disse a autoridade policial, sem detalhar o modo como a vítima.

A investigação aponta que João Rebello foi morto por engano, todavia, não foi indicado de que modo a vítima teria sido confundida.

VIDA EM TRANCOSO – No distrito baiano onde foi assassinado, Vunje trabalhava como DJ. Ele também dirigia videoclipes, além de discotecar e atuar como artista visual e "médium" dos beats no coletivo Beatzada, que promovia festas na localidade.

João Rebello vivia, em Trancoso, com a artista plástica Karine Santana. O casal mantinha um relacionamento afetivo há 12 anos. Ontem, ao lamentar a perda do companheiro, ela disse, via redes sociais, que os dois viveram 12 anos do "mais puro amor".

Em setembro, a mãe do artista publicou no Instagram que sentia falta dos filhos. "Meus amores, meus filhotes foram morar na ‘Baêa’, eu aqui morrendo de saudades, mas sei que estão protegidos pelo Axé da Bahia", escreveu Maria Rebello.

RESPEITO – A irmã de João, Carol Rebello, também se pronunciou sobre a morte do DJ. Ela pediu respeito à dor da família, enquanto ainda buscavam entender as circunstâncias do homicídio.

Em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta segunda-feira, Carol reforçou que o irmão foi assassinado por equívoco. "Foi um crime muito brutal. Meu irmão não foi assaltado e levou um tiro, ele foi executado brutalmente (...). Não existe uma faísca de um motivo de qualquer coisa que justifique que fizeram com ele", destacou.

CARREIRA – O sobrinho do ator e diretor Jorge Fernando tinha cinco novelas no currículo, exibidas pela Globo entre 1986 e 1997. Em todas, João teve atuações marcantes. O primeiro trabalho dele foi aos 7 anos, na trama Cambalacho. Ele deu vida ao pequeno Maneco, um dos filhos adotados de Naná, personagem interpretada por Fernanda Montenegro.

Em 1989, ele interpretou Juninho, na novela Bebê a Bordo. O personagem era filho do casal Tonico (Tony Ramos) e Soninha (Inês Galvão).

Já em 1991, João estrelou a novela Vamp, na qual interpretava Sig, um dos filhos de Carmen Maura (Joana Fomm). Ele chamou atenção do público pelo perfil intelectual e tiradas espirituosas. Este foi o trabalho mais renomado do artista.

João Rebello também integrou o elenco de Deus nos Acuda, novela que foi ao ar em 1992. Na trama, ele era Nicolau, um menino que vivia em situação de rua. A personagem Celestina, interpretada por Dercy Gonçalves, tinha o garoto como anjo enviado à Terra. Já adolescente, Nicolau fazia par romântico com Eduarda, personagem da atriz Fernanda Rodrigues.

Em 1997, João viveu o surfista Baby, na novela Zazá, seu último papel como ator de novela. Posteriormente, ele chegou a fazer uma participação especial em Divertics, programa humorístico brasileiro produzido, em 2013, também pela TV Globo.



 

 

*Com informações do G1 BA e do Gshow.



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