O noticiário está repleto de notícias comprometedoras sobre o
coach do golpe, Pablo Marçal. Desde
colocar um grupo de pessoas em risco de vida, com sua atividade coach; condenação por golpes na internet;
falsificação de documentos médicos contra adversários; a relações suspeitas com
organizações criminosas.
Nada disso, no entanto, é o bastante para quase 25% do
eleitorado paulista, que tem a intenção de votar no inescrupuloso e condenado
candidato, pelo menos é o que as pesquisas apontam.
Suas propostas administrativas giram ao redor do nada e sua
campanha se baseia na indiscutível agilidade mental para agredir na mídia e
utilizar as redes de comunicação com maestria – não se pode negar.
Para esses eleitores, pouco importa a biografia suja, as
propostas vazias. O que interessa é o sucesso financeiro que ele vende como
possível para todos. Assim, o eleitor se identifica com sua história, sem
analisar a forma como foi obtida – para eles, os fins justificam os meios.
Evidente que a proximidade com o crime, a falta de limites
morais e éticos, como já demonstrou, é um apocalipse anunciado. Não há nada que
Marçal possa oferecer a São Paulo que aponte para uma melhoria no futuro de
qualquer um, exceto o dele.
Ao abraçar Marçal, esses eleitores estão chocando o ovo da serpente. E, quando ele nasce, costuma ser uma tragédia para todos.