O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa) divulgou, nesta segunda-feira (12), dados sobre o
acidente com a aeronave da VoePass, que caiu em Vinhedo, São Paulo, na última sexta-feira
(9), vitimando 58 passageiros e 4 tripulantes. Conforme o órgão, a perda súbita
de altura pode ter provocado a queda.
O órgão integra a estrutura central do Sistema de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), autoridade
brasileira responsável pela condução de investigações de ocorrências
aeronáuticas, pertencente à Força Aérea Brasileira (FAB), informou que a perícia
inicial no local em que o avião caiu (um condomínio de casas situado na área
urbana do município) foi realizada durante todo o fim de semana.
Com isso, foi possível coletar informações importantes sobre
o desastre. Dados das caixas-pretas do avião, por exemplo, foram recuperados neste
domingo (11) e mostraram que, “no trajeto entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP),
a aeronave perdeu altura subitamente e colidiu contra o solo”.
Por meio de nota, a FAB explicou, no entanto, que essa é,
apenas, a fase inicial das investigações. O próximo passo é realizar a análise
dos dados recolhidos, juntamente “com o levantamento de outras informações
necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.
O relatório preliminar deve ser divulgado dentro de 30 dias.
Mas a perícia já aponta três hipóteses que podem justificar a queda. A primeira
é de que o acidente pode ter sido causado por formação de gelo nas asas da
aeronave. Esta suspeita se baseia nos boletins meteorológicos do dia e, também,
no histórico de um acidente similar, ocorrido nos Estados Unidos, há 30 anos.
A segunda teoria é de que o avião apresentava com resquícios
de danos causados por um tailstrike,
termo técnico para designar uma batida da cauda da aeronave na pista. O
incidente teria ocorrido em março de 2024.
A terceira possibilidade avalia que a queda pode ter sido
causada por problemas no ar-condicionado da aeronave, o que teria prejudicado a
sua refrigeração.
O Cenipa destacou que trabalhará para concluir o inquérito o
mais breve possível, mas que isto dependerá da “complexidade da ocorrência”.
*Com informações do
Metrópoles.