Durante o lançamento do Programa de Qualificação Profissional Manuel Querino, nesta quarta-feira (7), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, expressou seu descontentamento com a decisão da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
“Quero registrar meu inconformismo, minha incompreensão com aquela visão expressa nas atas, particularmente na última ata do Banco Central do Copom. ‘A economia está muito aquecida, está gerando muitos empregos e, portanto, nós talvez tenhamos que aumentar os juros’. Olha o absurdo! A sociedade, as empresas, a economia, a indústria, o pequeno comércio, a pequena empresa estão pedindo redução de juros, porque juros altos inibem investimento, geração de empregos, aumentam o custo do poder público, sangram as finanças dos orçamentos públicos da União, dos estados e dos municípios, e nós não estamos falando de um juro praticado no Brasil que esteja entre os mais baixos do mundo. Ele é o segundo mais alto do mundo, portanto, a minha incompreensão desta visão arcaica, atrasada do Banco Central em relação à política macroeconômica brasileira”, afirmou.
O Banco Central anunciou, na manhã de terça-feira (6), que “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta”. Segundo a instituição, o cenário é desafiador, com projeções mais elevadas e maiores riscos para a alta da inflação.
Diante disso, o ministro comentou sobre o que pode ter motivado tal decisão do BC. “Acredito que aqueles ‘iluminados’ do Banco Central só entendem um jeito de controlar a inflação, que é aumentando os juros e restringindo o crédito”, observou.