Após se reunir com representantes da indústria e produtores
de arroz, o Ministério da Agricultura e Pecuária firmou um compromisso para
monitorar preços e estoques do produto no país. A declaração foi dada, nesta
quinta-feira (4), pelo chefe da pasta, Carlos Fávaro, durante o programa Bom
Dia, Ministro, produzido pela Empresa
Brasil de Comunicação (EBC).
O gestor destacou que todos com concordaram que há arroz
suficiente, mas que o produto precisa estar acessível. “Esse arroz tem que
chegar rápido à mesa, com preço justo e bater a especulação. Vamos monitorar.
Na medida em que os preços normalizem e não haja especulação, não se faz mais
necessário ter leilão”, disse.
Em junho, o Governo Federal chegou a realizar um leilão
público para a compra de arroz importado. A licitação, porém, foi anulada, em
função de questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas
vencedoras. “Foi toda uma polêmica. Com o edital, só depois é que a gente sabe
quem são os vendedores do arroz – e, aqui, não estou fazendo nenhuma crítica
pessoal. Parecia que nem todos teriam capacidade técnica para entregar arroz de
qualidade. E nós temos que ter responsabilidade com o dinheiro público. Tomamos
a decisão difícil de cancelar o leilão e monitorar os preços do arroz”, ponderou.
Para Carlos Fávaro, o cancelamento do pregão serviu como uma
espécie de “freio de arrumação”. “A especulação no Mercosul cessou, os
produtores gaúchos puderam começar, junto com a indústria, a normalizar as
entregas. Ainda há algumas regiões onde o preço está elevado, mais longe da
região produtora. Por exemplo: em Manaus, o preço do arroz ainda está fora do
normal. Em Recife, ainda está fora da normalidade”, detalhou.
Paralelo ao monitoramento de preços e estoques, o ministro
disse que o governo estimularia o plantio. “É determinação do presidente Lula
que a gente plante mais arroz, que a gente tenha arroz como temos soja, milho,
carne bovina e suína, aves. Em abundância. Se sobrar, vamos exportar, gerar
renda no campo e excedentes na balança comercial brasileira”, concluiu.
*Com informações da
Agência Brasil