Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, tera, 28 de novembro de 2023

Segurança

Quarto suspeito de envolvimento na morte de Sara Mariano confessa participação no crime

17 de Novembro de 2023 | 13h 03
Quarto suspeito de envolvimento na morte de Sara Mariano confessa participação no crime
Da esquerda para a direita, o suposto mandante, Ederlan Mariano, e os outros três suspeitos de participação no crime: Bispo Zadoque, Gideão Duarte e Victor Gabriel (Foto: Reprodução/Arte/g1 BA)

O quarto homem suspeito de envolvimento no assassinato da cantora gospel Sara Mariano confessou, nesta quinta-feira (16), em depoimento à Polícia Civil da Bahia (PCBA), ter participado do crime. Identificado como Victor Gabriel de Oliveira, o investigado foi ouvido e liberado, por não haver mandado de prisão expedido contra ele.

De acordo com o g1 BA, Marco Pavã, advogado de Victor de Oliveira, revelou que seu cliente matou a vítima juntamente como Weslen Pablo Correia de Jesus, mais conhecido como Bispo Zadoque, e Gideão Duarte, que atua como motorista por aplicativo. Segundo o jurista, eles teriam recebido R$ 2 mil para executar a pastora, a mando do marido dela, Ederlan Santos Mariano. A informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

Victor teria, conforme seu advogado, sido submetido a uma acareação com os outros três suspeitos, que já se encontram presos. Ele se apresentou espontaneamente, ontem, na delegacia de Dias D'Ávila, município localizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que está responsável pela investigação do caso.

Posto frente a frente com os outros acusados, Victor de Oliveira disse que frequentava a mesma igreja que Sara Mariano e afirmou ser amigo de Bispo Zadoque, além de ter confessado seu envolvimento na morte da religiosa.

Durante o procedimento, os homens acabaram detalhando a dinâmica do crime. Segundo eles, Gideão teria levado a vítima até o local previamente combinado. Depois, Victor Gabriel teria segurado Sara Mariano para que o Bispo Zadoque a esfaqueasse.

O corpo da cantora foi encontrado às margens da BA-093, no trecho correspondente à Dias D'Ávila. Na ocasião, os agentes de segurança pública constataram que parte dos restos mortais estava carbonizado. Na acareação, os suspeitos não detalharam quem ateou fogo na vítima.

No entanto, na última quarta-feira (15), a Polícia Civil divulgou que o bispo e o motorista tiveram participação na "logística e execução do crime, além de incendiar o corpo, na tentativa de omitir provas".

Conforme o g1, o advogado Marco Pavã afirmou que a motivação do crime foi uma suposta traição, por parte de Sara. Segundo ele, o marido não teria aceitado a infidelidade e, em função disso, teria ordenado a execução da mulher, para se vingar.

DESAPARECIMENTO Sara Mariano desapareceu na noite do dia 24 de outubro. Ela havia saído da casa onde morava com Ederlan, no bairro de Valéria, em Salvador, para ir a uma reunião de mulheres, em uma igreja. Horas antes de ser assassinada, a cantora postou nas redes sociais que estava a caminho de Dias D’Ávila, com a finalidade de participar do evento.

O inquérito aponta que a religiosa teria sido levada Gideão Duarte, motorista no qual confiava e que já havia prestado serviços a ela. Entretanto, o destino dela seria outro. Sara Mariano não foi mais vista, após entrar no carro que o suspeito pegou emprestado com outra pessoa, conhecida no meio religioso como Apóstolo Hugo. Este não é investigado como suspeito de envolvimento no homicídio.

No mesmo dia, Ederlan Mariano acionou a polícia e mobilizou as buscas pela esposa junto à imprensa e às redes sociais. O corpo de Sara só foi encontrado três dias após o desaparecimento dela.

O marido foi o primeiro a ser preso, no dia 28 de outubro. De acordo com o g1, o delegado Euvaldo Costa, que conduz o caso, disse que, em depoimento, Ederlan "deixou clara a intenção de destruir as possíveis provas que estavam armazenadas no celular da vítima e prejudicar as investigações dos fatos".

A família da vítima relatou que Sara sofria uma série de violências por parte de Ederlan. Os parentes detalharam que o marido forçava relações sexuais com ela e que, por conta das agressões, ela planejava sair de casa. A mãe de Sara Mariano, diz o g1, contou que, pouco antes de ser morta, a filha afirmou ter uma importante revelação a fazer, mas não houve tempo.

O segundo suspeito preso foi o Bispo Zadoque, a quem a vítima considerava como amigo. Ele foi detido na noite da última terça-feira (14). Conforme o g1, ele atuava em igrejas evangélicas situadas na RMS e costumava trocar mensagens carinhosas com Sara, nas redes sociais.

Na quarta-feira (15), Gideão Duarte, o terceiro envolvido foi preso. Neste mesmo dia, ele e Zadoque passaram por audiência de custódia e tiveram suas detenções mantidas pela Justiça. Conforme o g1, eles serão transferidos para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, nesta sexta-feira (17). Ederlan Mariano está encarcerado no mesmo complexo penitenciário.



Segurança LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje