A privatização da BR-324, em 2009, no governo Lula, trouxe a
esperança de um padrão diferenciado de tráfego na mais importante via de ligação
rodoviária da capital com o interior, mas a verdade é que, apesar das
melhorias, nunca chegamos às condições de trânsito ideais.
Ao revermos o edital de licitação observamos o cronograma de
investimentos, a recomendação de duplicação ao atingir 70.000 mil veÃculos/ dia(
embora ninguém conheça os dados em seus diversos trechos), entretanto, não
encontramos medidas objetivas de padrão de qualidade. Nesta quinta fui a
Salvador e observei mais uma vez o excelente serviço de jardinagem em
detrimento da qualidade do asfalto: irritante, esburacado, irregular, com vários desnÃveis,
que colocam a vida dos motoristas em risco. Há trechos sem sinalização, ou com
sinalização deficiente, sem acostamento, algo inconcebÃvel com a cobrança.
A insatisfação dos motoristas com o estado da pista é
permanente, mas ninguém consegue mudar o padrão da Via Bahia. Deputados já
bradaram no rádio que iam fazer e acontecer, uma tentativa de CPI na Assembleia
foi abortada, pelo presidente Adolfo Menezes, e, o MP, entrou com uma ação contra a
União, a ANTT e a Via Bahia, em 2022, para realização de obras em alguns trechos.
Até mesmo o PROCON já ameaçou multar a empresa, que chegou a frequentar o noticiário
da Lava-Jato, em 2006, segundo o jornal o Estado de São Paulo.
Como se pode ver a Via Bahia segue intocada apesar da
multidão de queixas dos usuários, das vidas perdidas em acidentes evitáveis, da qualidade ineficiente de manutenção da pista.
A única coisa que o motorista baiano que paga pedágio deseja é o que o asfalto
da BR324 seja tão resistente quanto as costas largas que protegem a Via Bahia em
seus contratos.