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  • Feira de Santana, terça, 28 de novembro de 2023

César Oliveira

A intocável costas largas da Via Bahia

12 de Novembro de 2023 | 10h 51
A intocável costas largas da Via Bahia

A privatização da BR-324, em 2009, no governo Lula, trouxe a esperança de um padrão diferenciado de tráfego na mais importante via de ligação rodoviária da capital com o interior, mas a verdade é que, apesar das melhorias, nunca chegamos às condições de trânsito ideais.  

Ao revermos o edital de licitação observamos o cronograma de investimentos, a recomendação de duplicação ao atingir 70.000 mil veículos/ dia( embora ninguém conheça os dados em seus diversos trechos), entretanto,  não encontramos medidas objetivas de padrão de qualidade. Nesta quinta fui a Salvador e observei mais uma vez o excelente serviço de jardinagem em detrimento da qualidade do asfalto: irritante, esburacado, irregular, com vários desníveis, que colocam a vida dos motoristas em risco. Há trechos sem sinalização, ou com sinalização deficiente, sem acostamento, algo inconcebível com a cobrança.               

A insatisfação dos motoristas com o estado da pista é permanente, mas ninguém consegue mudar o padrão da Via Bahia. Deputados já bradaram no rádio que iam fazer e acontecer, uma tentativa de CPI na Assembleia foi abortada, pelo presidente Adolfo Menezes, e, o MP, entrou com uma ação contra a União, a ANTT e a Via Bahia, em 2022, para realização de obras em alguns trechos. Até mesmo o PROCON já ameaçou multar a empresa, que chegou a frequentar o noticiário da Lava-Jato, em 2006, segundo o jornal o Estado de São Paulo.

Como se pode ver a Via Bahia segue intocada apesar da multidão de queixas dos usuários, das vidas perdidas em acidentes evitáveis,  da qualidade ineficiente de manutenção da pista. A única coisa que o motorista baiano que paga pedágio deseja é o que o asfalto da BR324 seja tão resistente quanto as costas largas que protegem a Via Bahia em seus contratos.                



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