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Política

Integrantes do Planalto consideram insustentável permanência do embaixador de Israel no Brasil

10 de Novembro de 2023 | 10h 22
Integrantes do Planalto consideram insustentável permanência do embaixador de Israel no Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A permanência do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, seria insustentável, de acordo com integrantes do Palácio do Planalto. A informação foi repassada a agência de notícias CNN.

O governo brasileiro, no entanto, trata o tema com cautela. Isto porque qualquer ação no sentido de destituir Zonshine do cargo poderia atrapalhar as negociações de repatriação dos brasileiros que ainda estão retidos na Faixa de Gaza, mas com previsão de saída do território para esta sexta-feira (10).

Conforme a CNN, a presidência pretende discutir a questão apenas após a chegada do grupo, formado por nacionais e cidadãos em processo de naturalização, em solo brasileiro.

Neste momento, as 34 pessoas a serem resgatadas da zona de conflito e repatriadas ao Brasil aguardam na passagem de Rafah, fronteira com o Egito, a permissão para sair do enclave palestino.

A situação inspira cuidado, porque qualquer ação do governo brasileiro para retirar o embaixador israelense do Brasil poderia implicar no não retorno dos brasileiros.

Mas, conforme a CNN, o Planalto ventila três possibilidades: interromper a interlocução do governo com o embaixador, fazendo com que ele perca, na prática, sua função no país, forçando o governo de Israel a chamá-lo de volta; pedir a Israel a retirada de seu representante; ou expulsar Zonshine do país, em um gesto mais radical.

A crise diplomática teve início na última quarta-feira (8), após Daniel Zonshine se reunir, na Câmara dos Deputados, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares de direita. Segundo a CNN, na ocasião, o embaixador de Israel exibiu um filme com imagens do ataque do Hamas ao seu país, no dia 7 de outubro.

Em entrevista à CNN, Zonshine afirmou que apenas parlamentares foram convidados. “Nós convidamos parlamentares, só. Não estive na entrada da [sala de reunião] para saber quem está chegando e quem não está chegando. Não foi nenhum encontro agendado dessa maneira. Não tem nenhuma história aqui. Não tem nenhuma causa política aqui”, disse, ressaltando que não houve interferência para dificultar a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza.



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