O governador da Bahia, Jerônimo
Rodrigues (PT), sancionou o Projeto de Lei (PL) aprovado, na última terça-feira
(7), pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que reajustou em 1,5% a
alíquota base do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no
estado. Com isso, a tributação passou de 19% para 20,5%.
Publicada na edição desta quinta-feira
(9) do Diário Oficial do Estado (DOE), a lei começa a vigorar no dia 1º de
janeiro de 2024. Entre as principais normativas contidas no texto, está a redução,
ao nível da alíquota modal (20,5%), das taxas de energia elétrica (atualmente,
estabelecida em 27%), e dos serviços de telecomunicações (hoje, em 28%). A
decisão promove uma unificação do percentual a ser aplicado.
De acordo com o Bahia Notícias, o
PL foi alvo de protestos, por parte de empresários. Um manifesto repudiando o
aumento foi assinado por diversas entidades comerciais de vários municípios
baianos. Isto porque, para as associações, o aumento do ICMS encarecerá ainda
mais o custo de produção, desestimulando investimentos na Bahia.
Com isso, alegam que o desemprego
aumentaria. Afirmam, ainda, que a medida favoreceria a sonegação e a
informalidade. Segundo o BN, o coletivo de entidades comerciais também
argumenta que o PL prejudica o consumidor baiano, sobretudo o mais pobre.
Em contrapartida, o governador Jerônimo
Rodrigues disse que, apesar do aumento, a alíquota ainda é uma das menores
praticadas no país. O gestor ressaltou, ainda, que a arrecadação do ICMS
favorece a distribuição de verbas e recursos para as cidades baianas. “Conversamos
com o setor empresarial, anteontem e ontem, em uma reunião feita com diversos
segmentos. A Federação das Indústrias Agricultura e Fecomércio se encontraram
com o meu secretário, ocasião em que pudemos explicitar qual é a demanda nossa em
nível de Nordeste”, afirmou.
Jerônimo também ressaltou que a alíquota
praticada no estado já é uma das menores. “E, para a gente garantir, inclusive,
que o setor empresarial tenha garantia de investimentos por parte dele, o
estado tem que ver sua parte. Então, quando o empresário quer investir no
estado, ele olha as condições de compromissos do estado e uma delas é a
arrecadação”, destacou.