O ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho, manifestou apoio ao debate sobre a redução da jornada de trabalho
semanal. Segundo o Bahia Notícias, a declaração foi dada, nesta segunda-feira
(9), durante participação audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do
Senado Federal.
Na opinião do gestor, a discussão
acerca da “semana de quatro dias”, como a proposta vem sendo chamada, não deve se
limitar ao Governo Federal. Para ele, o Congresso Nacional e a sociedade civil
também precisam participar. “Acredito que passou da hora de discutir esse tema.
Não tratei ainda com o presidente Lula. É minha opinião, não do governo. Mas
tenho certeza que o presidente não iria bloquear esse debate, em que a
sociedade reivindique que o Parlamento analise a possibilidade de redução da
jornada de trabalho sem redução dos salários. Eu acho que a economia brasileira
suportaria”, observou.
No Brasil, um grupo formado por 20
empresas deu início, em setembro de 2023, à implementação do programa-piloto da
semana de quatro dias. Mas a iniciativa existe desde 2019, tendo começado a ser
posta em prática na Nova Zelândia. Posteriormente, vários países da Europa, da
África e das Américas adotaram a prática, sob a gestão do movimento 4-Day Week Global, comunidade sem fins
lucrativos.
A modalidade, hoje, vem sendo testada em quase 500
empresas espalhadas pelo mundo. Pela proposta, os profissionais seguem recebendo 100% do salário, mas trabalhando apenas
80% do tempo. Em contra partida, os funcionários se comprometem a manter 100%
de produtividade. A estratégia ficou conhecida como 100-80-100 e vem dando bons
resultados.