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Economia

Secretários de Guedes deixam ministério, após manobra do governo para driblar teto de gastos

22 de Outubro de 2021 | 12h 04
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Secretários de Guedes deixam ministério, após manobra do governo para driblar teto de gastos
Foto: Evaristo Sá/AFP

O ministro da Economia, Paulo Guedes, perdeu dois de seus principais técnicos, após equipe econômica sofrer derrota para a ala política do governo Bolsonaro, que pretende extrapolar o teto de gastos, com a finalidade de abrir espaço, no Orçamento de 2022, para o pagamento de um Auxílio Brasil (programa que substituirá o Bolsa Família) no valor de R$ 400,00.

A manobra fiscal não agradou os investidores, que veem a decisão como meramente eleitoreira. Nesta quinta-feira (21), um dia após a declaração de Guedes, o dólar disparou, alcançando máxima de R$ 5,6750, na abertura do pregão. A alta se configurou como reflexo do temor do risco fiscal representado pela intenção do governo de aumentar os gastos.

A repercussão negativa também culminou na demissão em massa dos principais técnicos que assessoravam o ministro da Economia. Ontem, a pasta informou os pedidos de exoneração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e de sua adjunta, Gildenora Dantas. O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo, também pediram para deixar seus cargos.

O Estadão noticiou que a equipe econômica já vinha insatisfeita com as tentativas do governo de burlar o teto de gastos. A exigência de Jair Bolsonaro, justo para o ano em que se candidatará à reeleição, causou a indignação de Funchal. Fontes próximas a ele revelaram o servidor afirmou ser contra a medida e que se recusaria a assinar qualquer medida que contrariasse as regras fiscais.

Conforme o portal de notícias Correio, o Ministério da Economia emitiu uma nota pública, ressaltando que os motivos dos pedidos de exoneração são de "ordem pessoal". O documento diz, ainda, que a saída dos técnicos será conduzida de forma a permitir que haja um processo de transição e de continuidade dos compromissos. "Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do País", diz a nota.



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