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Economia

Dólar chega a R$ 5,67, após Guedes pedir autorização para benefício social de R$ 400

21 de Outubro de 2021 | 11h 34
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Dólar chega a R$ 5,67, após Guedes pedir autorização para benefício social de R$ 400
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O dólar bateu a máxima de R$ 5,6750 na abertura do pregão da manhã desta quinta-feira (21). A alta de 2% foi observada um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmar que parte do Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, será paga fora do teto de gastos.

De acordo com o jornal O Globo, a manobra fiscal não agradou os investidores, que veem a decisão como meramente eleitoreira. O mercado de câmbio reflete os temores do risco fiscal representado pela intenção do governo em aumentar os gastos. Os juros futuros tinham forte aumento nos prêmios, com o DI janeiro 2025 alcançando 60 pontos-base, a 11,50% ao ano.

A agência de notícias Folharess reportou que, após a forte repercussão negativa da proposta de fazer gastos sociais fora das regras fiscais, Guedes disse, nesta quarta-feira (20), que o governo quer ser popular, não populista. O gestor, no entanto, apresentou ideia em avaliação que pode furar o teto, norma que limita o crescimento das despesas públicas.

No momento, disse o ministro, a discussão sobre o Auxílio Brasil envolve duas possibilidades: revisar os índices de correção que impactam o teto de gastos ou pedir licença para fazer um gasto temporário até o fim de 2022. Conforme a Folhapress, o presidente Jair Bolsonaro vem pressionando a equipe econômica a elevar o Auxílio Brasil para R$ 400.

Ontem, quando a determinação presidencial para o aumento de gastos tornou-se pública, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, caiu 3,28%, a 110.672 pontos, chegando a recuar 3,91% durante a tarde, quando atingiu a mínima de 109.947 pontos.

Devido à fala de Gudes, os ativos brasileiros cotados no exterior também registraram queda, no dia hoje. Contratos de real transacionados na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) caíam 1,4%, com US$ 1 valendo R$ 5,63. Em Paris, diz a Folhapress, um Exchange Traded Fund (ETF), também conhecido como índice de fundo, perdia 3,4%, maior queda desde o início de setembro e indo em direção ao menor patamar desde março passado. O indicador de desempenho acompanha o Ibovespa, principal referente da Bolsa brasileira.

A situação ficou pior após o Banco Central não anunciar a venda líquida de dólares, seja na forma de swap cambial, seja de moeda física, para esta quinta (21). Dada a disparada do dólar, agentes financeiros não descartam que o Bacen intervenha no mercado, de surpresa. O exterior também não ajuda muito, em um cenário de queda das bolsas de valores e de moedas emergentes, em meio a renovados temores relacionados ao mercado imobiliário chinês.



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