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Segurança

Jovem é morta a tiros, pelo namorado, em apartamento, na capital baiana; suspeito é advogado criminalista

17 de Outubro de 2021 | 13h 12
Jovem é morta a tiros, pelo namorado, em apartamento, na capital baiana; suspeito é advogado criminalista
Fotos: Reprodução/Facebook e Victor Meneses/CORREIO

Uma jovem de 21 anos foi morta a tiros, na madrugada deste domingo (17), em um apartamento localizado no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Segundo a polícia, Kesia Stefany da Silva Ribeiro foi alvejada pelo homem com quem mantinha um relacionamento há dois anos.

De acordo com o Jornal Correio, o suspeito foi identificado, por moradores do prédio, como sendo o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior. A Polícia Civil informou que o jurista é membro da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Bahia (OAB-BA).

Após atirar na namorada, ele chegou a levá-la ao Hospital Geral do Estado (HGE). A guarnição da Polícia Militar que se deslocou até o local do crime para atender a ocorrência relatou que Meira Júnior colocou a vítima em um carro modelo Ônix, de cor vermelha, abandonando-a na porta da emergência.

Por meio de nota, a PM informou que o suspeito fugiu, logo em seguida. "Na emergência, os policiais militares souberam que a vítima não resistiu aos ferimentos e realizaram buscas na região, à procura do indivíduo, mas constataram que ele já não mais se encontrava no local", diz o documento. 

Pouco depois, agentes da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar localizaram o advogado. Ele estava escondido na casa de um parente, no bairro da Pituba. José Luiz Meira Júnior foi autuado em flagrante, pelo crime de feminicídio, e apresentado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Não há detalhes sobre a motivação do crime.

Conforme o Correio, o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-BA, Adriano Batista, disse que o suspeito pode sofrer afastamento cautelar, por parte do Tribunal de Ética do órgão. Se condenado, ele pode ser excluído dos quadros da OAB, perdendo, inclusive, a licença de advogado. "Não sabemos nada, ainda, então é prematuro fazer qualquer tipo de julgamento. Assim que tomarmos conhecimento dos detalhes do que aconteceu, tomaremos as providências no âmbito da OAB", disse, neste domingo, em entrevista concedida ao jornal, por telefone.

O acusado integrava a parte da Comissão que acompanha questões como prisões de advogados. Segundo Adriano Batista, Meira Junior deverá ser conduzido a alguma unidade penitenciária, em uma sala de estado maior. "Como ele é advogado, não pode ficar alocado em locais onde sofra algum tipo de exposição, no caso dele mais ainda, por ser da área criminal. Não poderia ficar preso numa cela com bandidos que poderiam querer se vingar dele por outras situações", destacou.

O gestor da entidade disse, ainda, lamentar, profundamente, o fato. "Particularmente, fico triste, porque encampei, no ano passado, na condição de conselheiro da OAB e coordenador das comissões, uma campanha da OAB contra o feminicídio. Fico muito triste que uma pessoa de dentro dos quadros da OAB teria cometido esse ato. Temos que continuar trabalhando e pressionando as autoridades para que essas coisas não aconteçam", enfatizou.

De acordo com Adriano Batista, o suspeito era uma pessoa de personalidade muito tranquila e prestativa. "É muito surpreendente", frisou



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