Com dificuldades no processo de contratação de equipes médicas para trabalhar nos hospitais que atendem pacientes com Covid-19, o governador da Bahia, Rui Costa, disse, nesta sexta-feira (26), que, se necessário, acionará a Justiça para viabilizar contratações emergenciais. Ele disse que alternativas judiciais estão sendo analisadas.
De acordo com o G1, hoje, o estado alcançou a marca de 81% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O número recorde de pessoas internadas tem preocupado, sobremaneira, as autoridades sanitárias e políticas. Taxas de hospitalização tão elevadas incorre na falta de profissionais para atender a grande demanda de pacientes.
Segundo Rui Costa, desde que o hospital de campanha da Arena Fonte Nova foi reaberto, esta semana, ainda não se conseguiu fechar a organizar social para gerir a unidade, porque não há profissionais disponíveis. “Estamos com imensas dificuldades e, hoje, vamos analisar alternativas para conseguir ter uma equipe médica, enfermeiros especializados em UTI, fisioterapeutas especializados em UTI, médicos”, garantiu o gestor.
O governador informou ainda que entrou em contato com as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), na tentativa de conseguir montar a gestão do hospital de campanha, mas a entidade também está sem pessoal suficiente para atuar com o volume de pacientes do estado. “Ontem, liguei, pessoalmente, para Maria Rita, da organização Irmã Dulce, para ela nos ajudar e para tentar ver se consegue assumir e consegue mobilizar pessoal, e ela me relatou que perdeu muitos médicos, muitos profissionais da equipe, que também adoeceram”, lamentou, salientando que a situação vai se agravando mais, à medida que se vai perdendo membros das equipes médicas.
Conforme o G1, Rui Costa tem buscado alternativas para contornar a escassez de profissionais de saúde. O gestor disse que não descarta a possibilidade de trazer médicos de outros estados ou, até mesmo, de outros países. Para tanto, enfatizou que poderá recorrer à Justiça para assegurar formas de contratação. “Estamos buscando alternativas de colocar equipes e médicos. E não descartamos buscar médicos fora do estado e, eventualmente, fora do país, para garantir esse atendimento. E, se necessário for, iremos à Justiça para conseguir liminar para viabilizar isso, farei. O que não podemos assistir é ter o equipamento, ter o leito e não conseguir formar equipe”, afiançou.