Bolsonaro, na sua missão de engolir o Centrão, barrar o impeachment, salvar a família da rachadinha, e ganhar apoio do Congresso, cedeu o Ministério da Cidadania a João Roma, um notório aliado de ACM Neto, o que disparou os boatos da aderência do líder baiano a Bolsonaro, especialmente depois da rasteira que deu em Maia, na eleição para presidente da Câmara. Foi o bastante para o presidente do DEM reagir: considero lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania".
Até aí, tudo bem, ele tem o direito de tentar estabelecer uma posição, embora já tenha dito em outro declaração, que nada podia ser descartado em 2022.
O que soou exagerado -afinal dois membros do DEM são ministros de governo- foi a declaração a seguir:
"Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil”
Não se conhece impactos de criticas de ACM Neto a Bolsonaro, nem liderança nacional que exerça como opositor ao governo, que merecesse perseguição do presidente da República.
Vamos ver a oposição que vai fazer para termos a certeza que não foi só jogo de cena.