Uma homenagem realizada no final de semana pelo Fórum Permanente de Cultura, organização não governamental de incentivo às artes, em Feira de Santana, ao mais famoso violeiro baiano, Caboquinho, morto em maio deste ano, causa polêmica junto à família do cantador. Irmão e parceiro de viola do repentista, João Ramos reclama que não houve nenhuma comunicação ou convite a familiares de Caboquinho, o que considera uma "descortesia".
A reclamação foi feita ao radialista Jorge Teles, durante o programa "Subaé Notícias", da Rádio Subaé AM. "Achei que não foi uma atitude muito correta. Alguém, vendo na rede social, pode imaginar que haveria a participação de violeiros no evento, o que não sabemos, pois não fomos nem mesmo avisados", diz Ramos. Segundo ele, nem mesmo agradecer aos responsáveis pela homenagem é possível, "pois não sabemos sequer quem organizou".
O evento idealizado pelo Fórum Permanente de Cultura teve uma grande variedade musical mas não incluiu repentistas. Foram convidados artistas como Dionorina (reggae), Roberto Kuelho (MPB), Zé Araujo (forró), cordelistas, poetas e trupe de dança. São diversos segmentos musicais homenageando o repentista, uma boa iniciativa sem dúvida. Faltou apenas um comunicado à família, nada, no entanto, que possa diminuir a importância da iniciativa.