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Política

Respiradores da Biogeoenergy apresentaram 10 diferentes problemas, diz vice-governador

29 de Junho de 2020 | 09h 51
Respiradores da Biogeoenergy apresentaram 10 diferentes problemas, diz vice-governador
Foto: Reprodução - GOVBA

Citado em depoimentos como um dos envolvidos em um suposto esquema de superfaturamento na compra fraudada de respiradores para o Consórcio Nordeste, o vice-governador da Bahia e secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), João Leão (PP), afastou as acusações e afirmou que os empresários depoentes tentaram empurrar equipamentos falhos para a gestão.

 

Segundo Leão, os respiradores apresentados para teste pela Hempcare e pela Biogeoenergy, após o pagamento dos R$ 49 milhões, foram reprovados nos testes iniciais. “Esses empresários queriam que a gente assinasse o protocolo de intenções pela compra dos equipamentos antes da entrega. Quando recebemos um modelo para teste, o equipamento apresentou dez problemas diferentes. Não tínhamos condição de aceitar aquilo”, disse Leão. 

 

O vice-governador então declarou que não assinou o documento. Novos equipamentos para repor a compra nunca chegaram e os empresários ligados a Biogeoenergy e Hempcare alegam agora que foram envolvidos em uma tentativa de esquema proposto pelo estado, partindo da SDE. 

 

“Nunca atendemos esses empresários sozinhos, justamente para evitar problemas. Na SDE sempre instruo os funcionários a fazerem reuniões coletivas com donos de empresa. Esses empresários estiveram em reunião na SDE com 10 pessoas na sala. Era impossível ter alguma falcatrua”, relatou Leão em entrevista nesta segunda-feira (29) ao Isso é Bahia, de A Tarde FM e Bahia Notícias. 

 

O vice-governador da Bahia vai processar judicialmente, por danos morais, os empresários Paulo de Tarso, CEO da empresa Biogeoenergy e o empresário Cleber Isaac, citado como intermediário no caso. 

 

OS APARELHOS
Os equipamentos vendidos pela Hempcare, pagos antecipadamente pelo Consórcio Nordeste e fabricados pela Biogeoenergy foram precificados 3.000% acima do custo de produção. 

 

Um médico intensivista e também representante de uma fabricante de ventiladores avaliou que a tecnologia usada pelo "Respira Brasil" é obsoleta, de 20 anos atrás. “Esse equipamento não permite mensurar a real necessidade de oxigênio do paciente nem saber o grau de infecção pulmonar. É como um Fusca sem velocímetro. Você vai às cegas”, comparou o profissional. Foi ele quem estimou que o custo de produção de um equipamento com as características utilizadas pela Biogeoenergy.

FONTE: Bahia noticias



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