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Economia

Varejo baiano recua 3,0 % em abril

17 de Junho de 2015 | 10h 45
Varejo baiano recua 3,0 % em abril

O varejo baiano intensifica recuo nas vendas, ao registrar a taxa negativa de 3,0% no mês de abril de 2015, em relação a igual mês do ano passado. Essa taxa revela que o setor continua sofrendo os efeitos da retração na atividade econômica. Ainda na mesma base de comparação, o varejo nacional apresentou queda de 3,5%. Na análise sazonal, o comércio varejista na Bahia variou negativamente em 1,8%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

O comportamento retraído do setor na Bahia no mês de abril, período em que as vendas costumam ser intensificadas em função da comemoração da Semana Santa e da Páscoa, pode ser atribuído a frágil confiança dos empresários e dos consumidores, associado à alta da inadimplência, uma vez que esgotaram a sua capacidade de pagamento, bem como a continuidade do aumento da inflação medido pelo IPCA, e o menor número de dias úteis. Assim, um cenário adverso, marcado pela combinação de fatores continua contribuindo para que a confiança recue de forma intensa e disseminada entre os segmentos que compõe o setor.

Em abril de 2015, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a abril de 2014, revelam que dois dos oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,5%); eHipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%). Registraram comportamento negativo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,6%); Combustíveis e lubrificantes (-2,9%); Tecidos, vestuário e calçados (-9,1%); Móveis e eletrodomésticos (-11,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-17,8%); e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,5%).

Em abril, o segmento deOutros artigos de uso pessoal e doméstico (7,5%) foi responsável pela maior influência positiva na formação da taxa do varejo. Essa atividade, por englobar diversos segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc, que comercializam produtos de menor valor agregado foi influenciada pela comemoração da Páscoa. Nessa época, os consumidores costumam adquirir produtos que simbolizam o período, entretanto o fato de se verificar no início do mês, a maior parte do impacto das vendas ocorreu no mês anterior, acarretando uma menor intensidade no volume de negócios do segmento no mês de abril em relação aos outros anos.

O segundo a contribuir positivamente para o volume de vendas foi o segmento a atividade deHipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista. Apesar do crescimento dos preços de alimentos e bebidas em 1,73%, conforme dados do IPC-SEI, quando comparado ao mês de abril do ano passado (0,74%), verifica-se que as vendas de produtos em função da comemoração da Semana Santa contribuiu para que o subgrupo de hiper e super registrasse um crescimento de 2,4% nos negócios.

Por outro lado, a queda na renda disponível, a seletividade do crédito e o aumento das taxas de juros afetaram negativamente os setores de bens duráveis, como Móveis e eletrodomésticos maior impulsionador da retração nas vendas do varejo baiano. Esse comportamento é atribuído à retirada gradual dos incentivos direcionados à linha branca. O segundo de maior influencia negativa para o setor foi o segmento de Tecidos, vestuário e calçados com quedas de 9,1%.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em abril decréscimo de 7,2% nas vendas. Nos últimos 12 meses a retração no volume de negócios foi de 1,9%.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças voltou a registrar variação negativa (-18,6%), em relação a igual mês do ano anterior. O desempenho da atividade, em relação ao mesmo mês do ano anterior, continua refletindo o crédito mais seletivo por parte das financeiras, diante do nível de inadimplência. Outro aspecto a ressaltar é que a conjuntura desfavorável desestimula o consumidor a comprometer o orçamento por um período mais longo. Em relação ao segmento Material de Construção também se observa queda de 0,5% nas vendas no mês de abril, em relação ao mesmo mês do ano de 2014.



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