No uso da tribuna, na sessão ordinária desta quarta-feira (12), na Casa da Cidadania, o vereador Edvaldo Lima (PP) informou que deu entrada em uma ação no Ministério Público solicitando a suspensão do Carnaval da Bahia como forma de prevenção contra o coronavírus, vírus que surgiu na China.
“Quero falar de um assunto que está gerando apreensão em todo o povo brasileiro: o coronavírus. Por conta da propagação do vírus, acabei de protocolar no Ministério Público uma ação solicitando o cancelamento do Carnaval da Bahia este ano. Não estou ficando doido não. O Carnaval da Bahia é a maior festa do estado, onde recebemos milhares de pessoas de todo o mundo”, informou Edvaldo Lima. Em aparte, o vereador Alberto Nery (PT) disse que seguindo esta linha de pensamento, o colega deveria solicitar também o cancelamento da Micareta de Feira de Santana deste ano.
Edvaldo Lima lembrou que o vírus já matou mais de mil pessoas na China e que o Carnaval pode ser porta de entrada para ele chegar à Bahia. “Muitas pessoas foram mortas na China e olhem que lá eles construíram um hospital em 10 dias. Nós não temos condições de construir um hospital em 10 dias. Nós recebemos muitos turistas no Carnaval e não queremos que a festa seja a porta de entrada do coronavírus. Vamos fechar as portas e eu conclamo ao Estado e ao Poder Judiciário que cancele o Carnaval da Bahia deste ano. Não podemos correr esse risco, é um vírus que está destruindo vidas. Estou muito preocupado”, pontuou.
O edil ressaltou que os governadores são os responsáveis por este controle. “ O presidente da República não é o responsável e sim os governadores. Podem dizer que este vereador é doido, mas sou doido para manter a saúde do baiano, doido para manter a segurança do nosso povo. Não podemos permitir que esta doença cause um grande prejuízo para nosso estado. Peço ao prefeito ACM Neto que cancele o Carnaval, pois estamos conscientes de que essa é a melhor forma de prevenção contra esse vírus”, pediu.
Para finalizar, Edvaldo reforçou o poder da voz do povo em prol de mudanças. “Precisei vir a esta Casa a cavalo porque não consegui pagar o valor da gasolina. Passei uma semana me transportando a pé, de ônibus, a cavalo. E o resultado foi que Pedro Parente foi demitido e a gasolina baixou e teve o valor congelado. Se não fosse isso, teríamos uma gasolina de mais de R$ 5. Isso é a voz de quem luta pelo benefício do povo. O presidente já lançou o desafio de que se os governadores baixassem o ICMS do combustível, ele baixaria o imposto na esfera federal também e isso criou um alvoroço entre os governadores”, findou.