Em uma cidade como Salvador, histórica, com forte atração festiva e de culinária, praias que são um atrativo mundial, é inconcebível não haver um Centro de Convenções para atrair feiras e congressos, como aconteceu com Salvador, o que levou inclusive ao fechamento de hotéis, um deles, inaugurado ao lado do antigo espaço.
Não sabemos que tipo de análise foi feita pelos governos de Wagner e Rui Costa para levarem a cidade a essa situação em um ato administrativo que pode ser considerado um crime econômico contra a primeira capital do Brasil. O antigo e belo prédio, obra de ACM, está em um espaço muito valorizado, e poderia ser um motivo, mas as razões reais nunca saberemos. Estive próximo a organização de alguns Congressos de especialidade médica e tentou-se de tudo, nas discussões, para que os eventos fossem realizados na Bahia, pelo atrativo, mas não havia um local adequado.
Agora, em Janeiro, o prefeito de Salvador, ACM Neto, inaugura o novo Centro de Convenções, em um belíssimo espaço, resgatando esse espaço comercial. Já há mais de 30 eventos agendados e a Feira do Livro deve retornar à cidade.
Representante dos hotéis estima que R$1,6 bilhão deixou de ser faturado nesse período, apenas com diárias, fora os negócios associados. A expectativa é que a ocupação dos hotéis aumente para 80%, que os taxistas aumentem sua renda, que aviação, agências de turismo, cresçam sua participação no mercado de turismo, além do segmento de alimentação e lazer que é diretamente beneficiado. Muitos outros setores serão alavancados com essa reinclusão da cidade no mercado nacional de eventos.
Enfim, é um instrumento vital para uma cidade como Salvador e que deveria ter sido tratado como prioridade. ACM Neto marca um tento tamanho G ao pôr fim aos anos que Salvador foi tratada com irresponsabilidade nesse setor.