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César Oliveira

Pesquisa eleitoral: certezas e dúvidas

César Oliveira - 10 de Dezembro de 2019 | 19h 59
Pesquisa eleitoral: certezas e dúvidas
Feira:a princesa disputada Foto: G1

O costume de dizer que pesquisa muito antes da eleição não define nada, é muito relativo. A pesquisa publicada pelo jornal Folha do Estado, sinaliza algumas certezas e traz um rebanho de dúvidas. Por exemplo, a pontuação do prefeito Colbert parece menor do que a esperada e o julgamento de sua administração com apenas 17,9% de bom acende o alerta que ele precisa fazer mais- ou mostrar mais-, aos eleitores o que anda fazendo, para vencer opiniões pré-formadas sobre sua atividade política, inclusive sobre o gasto da sola do sapato. Embora não seja comparável, o governo Rui Costa, apesar do desgaste que é todo segundo mandato e de tratar Feira com pouco apreço, emplacou 33,9% de bom, sugerindo que ele pode impactar positivamente no seu candidato, ou, ao menos, reduzir a rejeição a ideia de mudança.

O deputado Zé Neto, figura carimbada de toda eleição, sai de seu patamar mais alto, lidera a pesquisa, e tem reduzida sua histórica rejeição. O deputado tem sido visto no boca a boca, ou no visita a visita, em bairros, acompanhado de colega deputado que trouxe para a cidade. A grande dúvida que pesa sobre sua candidatura é a eterna discussão sobre a capacidade de agregação do deputado, algo que ele nunca fez e que impacta sempre sobre seu crescimento.

Targino tem pontuação compatível com sua ação. Ele  escapou recentemente de cassação, o que determinou um período de recolhimento. O deputado, também, tem ferrenhos adversários e é ferrenho adversários de outros, o que impacta na sua rejeição.

Geilson cresceu nas pesquisas, embora, tenha sobre si o peso da mudança para apoiar o PT- e não lhe deram um cargo tamanho G,  a altura da mudança que fez e que certamente esperava-, e  não se sabe qual apoio teria para se viabilizar. A cidade produz boatos até que ele poderia voltar ao leito de origem Ronaldista- especular faz parte da alma do feirense-, mas certamente  teria um preço a pagar se o fizesse. Na política, no entanto, tudo é possível.

Há todo um grupo na faixa do 1% que dificilmente poderá ser emplacado,  e é incrível que tenham tentado ressuscitar Fabinho, algo muito  difícil de empurrar goela abaixo do feirense.

O marido de Dayane Pimentel  anda anunciando mundos e fundos – “ a campanha”-, verbas, tempo de TV. Achar que pode ganhar só por esses instrumentos, isoladamente, sem uma base, faz parte mais  do entusiasmo do que da realidade. Há sérias dúvidas sobre o impacto que a separação de Bolsonaro pode causar ao casal.

Há, o fator Ronaldo, ainda o maior eleitor, embora não o mesmo poderoso de antigamente, mas não se pode subestimar o trabalho de 20 anos de poder fazendo alianças, lideranças, e prestando serviços. A grande dúvida é com quem Ronaldo vai casar, como naquela velha canção de roda: com quem será, com quem será?

Teoricamente, Colbert , é o nome lógico, mas nunca ouvimos falar que lógica tivesse alguma utilidade na política. Evidente que se Colbert tirar o pé do freio – e ele anunciou um pacote de obras, a UPA de Humildes, a ligação da Ayton Senna ao Papagaio-, e mudar a cara da administração a parceria está feita e forte. Caso contrário, não duvido do sacrifício, o que levaria Colbert a se tornar uma opção para quem deseja afastar Ronaldo do poder.

Por último, temos a disposição de ACM Neto e Rui Costa, investirem em Feira- além da competição ferrenha que os dois prefeitos, ops, governador e prefeito fazem na capital-, o que poderia causar algum  impacto, embora isso nunca tenha acontecido, mesmo no auge do PT e de Lula- agora condenado-, no poder. 

Ah, sim, tem o imponderável. E esse, nunca se sabe se será candidato nessa eleição.

 

 



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