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Um terço do litoral já sofre com óleo; para ministro, fim da crise é incerto

30 de Outubro de 2019 | 10h 01
Um terço do litoral já sofre com óleo; para ministro, fim da crise é incerto
Manchas de óleo chegam à praia da Pituba, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1 BA

Com um terço do litoral brasileiro —2.500 km— atingido por manchas de óleo, o governo federal ainda não sabe dizer se o problema está perto de ter um fim, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a publicação, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, disse na terça-feira (29) em apresentação do balanço das ações tomadas até então que não há como mensurar a quantidade de petróleo ou antever que rumo as manchas tomarão no futuro. “Estamos aperfeiçoando os processos”, disse.

As primeiras manchas de óleo a surgirem no litoral do Nordeste foram vistas na Paraíba em 30 de agosto. Até o momento, 268 locais foram afetados em 94 cidades dos nove estados do Nordeste. A Bahia é o estado mais afetado, com 68 locais oleados.

Testes feitos pela Petrobras e pela Marinha mostraram que o material não era brasileiro. As análises indicavam assinatura venezuelana, uma mistura de três campos de exploração no país. Em resposta, o governo de Nicolás Maduro negou que seja responsável pelo desastre ambiental.

No último dia 23, em pronunciamento oficial em rádios e televisão, Salles afirmou que o governo brasileiro acionou a OEA (Organização dos Estados Americanos) para que o país vizinho forneça informações sobre o material.

Em outras oportunidades, Salles e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sugeriram, além da Venezuela, outros possíveis outros culpados, sem apresentar provas.

Em postagem numa rede social, Salles publicou foto antiga de uma embarcação do Greenpeace, dizendo que ela estava próxima do litoral brasileiro à época do vazamento, sugerindo ligação com o desastre. A ONG disse que acionará a Justiça contra o ministro.

Bolsonaro, por sua vez, sem mostrar evidências, questionou se o desastre ambiental não teria sido premeditado para prejudicar a realização do megaleilão de petróleo da cessão onerosa que será realizado em novembro. O presidente não respondeu ao pedido de esclarecimento feito pela reportagem.

Entre as possíveis explicações para o vazamento estão uma falha na transferência de óleo entre navios (ship-to-ship) ou mesmo vazamento de óleo transportado em barris reaproveitados da Shell —algumas unidades foram encontradas em praias brasileiras.

FONTE: Bahia.ba



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